terça-feira, 2 de março de 2010

Jesus Cristo e os Grogues da América




Vemos, nos EUA, uma geração que trocou Deus pelo materialismo e busca na psicologia a resposta para suas ansiedades, neuras, depressões, e o preenchimento do vazio de suas almas. Até mesmo os cristãos estão deixando a Bíblia de lado em busca de counseling (aconselhamento) profissional. Como resultado, os EUA têm hoje um número cada vez mais crescentes de grogues, que estão se entupindo de antidepressivos e paliativos químicos para todo tipo de enfermidades psicossomáticas.
De acordo com a agência de notícias Reuters, o uso de antidepressivos nos EUA dobrou em um período de menos de 10 anos. Em 1996, estimava-se que somente 6% da população se utilizava de algum antidepressivo (equivalente a 13 milhões de americanos). Em 2005, mais de 10% (ou 27 milhões de pessoas) se utilizavam de antidepressivos. Em 2008 somente, mais de 164 milhões de receitas para antidepressivos foram prescritas por psicólogos americanos (a população americana é de aproximadamente 300 milhões).
A pesquisa, realizada por diferentes universidades e organizações da área de saúde, revela que não somente mais americanos estão se utilizando de antidepressivos, mas ainda mais antidepressivos estão sendo receitados para pacientes que já se utilizam de antidepressivos. Tal revelação deveria ser um “presta-atenção” aos idólatras da psicanálise – uma amostra aos terapeutas de que simplesmente entupir seus clientes com pílulas é efetivo somente para o desenvolvimento de uma dependência química, mas está longe de oferecer-lhes uma solução para o vazio de sua alma.
A pesquisa revela um outro fator, deveras curioso. O uso de antidepressivos aumentou em todos os grupos étnicos nos EUA (anglo-saxões, latinos, asiáticos) com exceção de um: os afro-americanos. Curiosamente, na semana passada, li uma outra pesquisa, realizada pelo instituto Barna Research, que diz que os afro-americanos são hoje o grupo étnico mais religioso dos EUA. Estatisticamente, os negros americanos compõe o grupo étnico que mais crê na inerrância da Bíblia e que mais se envolve em “atividades religiosas” durante a semana, como orar e ler as Escrituras.
Não quero aqui pintar uma imagem dos negros americanos diferente da realidade. Vivi três anos em Washington DC e neste tempo, envangelizei e convivi com muitos americanos negros (Washington DC é conhecida como a Cidade Chocolate – 60% da população é composta por afro-descendentes). Sei que, até mesmo entre os cristãos, há muitos negros que ainda estão lutando com as sequelas da segregação social nos EUA, a saber: complexos, amargura, entre outras mazelas. Mas também sei que a Igreja tem um papel central na cultura afro-americana , mais do que em qualquer grupo étnico nos EUA, pois historicamente o negro americano tem buscado em Deus a aceitação que a sociedade lhe negou. Apesar de seus problemas (eu diria, justamente por causa de seus problemas históricos), a comunidade afro-americana ainda tem Deus como a principal fonte de respostas para os problemas da vida.
Psicoterapeutas neste país são como verdadeiros gurus, cujos títulos acadêmicos lhes dão a sofisticação necessária para apaziguar a consciência dos intelectuais, que rejeitam o misticismo da religião. O exemplo dos negros americanos é uma amostra de que na simplicidade da comunhão com Deus, encontramos a cura para nossa alma.

A diferença entre a psicoterapia secular e Deus, é que a primeira trata seus pacientes como baterias, que necessitam somente de um “tratamento químico” para corrigir certos desiquilíbrios internos. Já Deus, trata pessoas como filhos e cura suas feridas. O crescente número de prescrições para antidepressivos na América nos revela que a geração atual não precisa de pílulas: precisa de um Pai.


"A palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração". (Hebreus 4:12)

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