quarta-feira, 18 de abril de 2012

VENCENDO OBSTÁCULOS NO SERVIÇO DO REINO

 
“E não podia fazer ali obras maravilhosas; somente curou alguns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos. E estava admirado da incredulidade deles. E percorreu as aldeias vizinhas, ensinando.” Marcos 6:5-6


Jesus de fato é o grande exemplo que devemos imitar em todo o tempo. Nessa passagem em especial, nos é revelado de um obstáculo que o Mestre encontrou em seu ministério realizado entre os necessitados em uma determinada cidade: INCREDULIDADE.
A diferença foi que isso não O impediu de continuar pregando e ministrando a todos quantos encontrava. Se não dava ou fluía em um lugar , Ele prontamente se movia pra outro, se existiam barreiras aqui, avançava pra lá.... Sem problema algum. Jesus não tinha paradigmas, nada o podia limitar por um simples e verdadeiro motivo: o seu amor ao Pai e Sua compaixão pelo próximo, eram motivos suficientes para avançar, e sempre seguir.
Se tens se deparado com obstáculos em seu caminho convencional, tente mudar a rota, mas faça isso em oração ouvindo a Palavra, ouvindo O Pai, ouvindo o Espírito Santo que te guiará em toda e por toda a Verdade. Que sua motivação seja fruto de um amor genuíno Ao Pai, e por real compaixão pelo próximo.
Da mesma maneira que mudar a rota pode revelar amor e compaixão, é bem verdade que na maioria das vezes somos motivados a mudar por conta de nosso desconforto em seguir em determinada situação.
Nesse mesmo versículo isso ficou provado que Jesus não agiu assim. Mesmo com o obstáculo da incredulidade, Jesus curou alguns enfermos. Mesmo em meio as tensões e opressões, se agirmos pela fé e confiados em Deus, algum fruto daremos, algum resultado obteremos, isso porque em meio as trevas mais densas, existem pessoas que podem ser alcançadas...
Não é qualquer coisa que pode te mover de um lugar ao outro, e sim o Amor a Deus e a Compaixão pelo próximo em Cristo.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Por Que Balaão Era Um Falso Profeta Apesar de que Suas Quatro Profecias Vieram `a Acontecer; A História Natalina No Novo Testamento

LEITURA DE HOJE DA BÍBLIA-EM-UM-ANO:
Números 24-25:18 | Lucas 2:1-35 | Salmo 59:1-17 | Provérbios 11:14

 Na leitura de ontem, vimos como Balaão era um perito e astuto religioso profissional. Ele havia ganho reputação entre os povos do Oriente Médio e não queria decepcionar seus clientes, quer que eles adorassem Camos, Baal, Dagom, ou Yahweh - Javé. Ele praticava feitiçaria e consultava presságios para ajudar indivíduos a prever o futuro. Ele foi considerado o mais qualificado candidato, quando o rei Balaque de Moabe quis amaldiçoar as tribos nômades de Israel, as quais ameaçavam os recursos naturais de seu país, enquanto viajavam rumo norte dentro de suas fronteiras.

O rei Balaque fez uma oferta imponente `a Balaão, a fim de obter seus serviços de divinação. Ele enviou duas delegações de renomados funcionários, com dinheiro em mão. No entanto, o Deus de Israel apareceu `a Balaão e lhe disse para não ir com aqueles homens, e que não amaldiçoasse os israelitas, pois eles são abençoados. No dia seguinte, Balaão informa `a delegação de Balaque que eles devem voltar a sua terra, pois o SENHOR Deus de Israel, (Javé), se recusou a deixá-lo ir.
Semanas, se não meses mais tarde, Balaque envia uma segunda delegação `a Balaão, a qual lhe oferece uma posição de honra, como também qualquer preço que ele pedisse – se ele  amaldiçoasse o povo de Israel.
Embora Deus já tivesse revelado a Sua vontade e proibido Balaão de ir, Balaão entretém a delegação e faz um segundo inquérito do Senhor. Deus escolhe trabalhar com Balaão, o qual está violando Sua "vontade de comando" e lhe permite ir com eles, mas depois dá uma profecia `a Balaão, dizendo:  “Mas faça apenas o que Eu lhe disser.” (Números 22:20)
 O Senhor repete essa palavra `a Balaão, enquanto ele acompanha os homens de Moabe, montando em sua jumenta. Ele se manifesta primeiro a jumenta, que tem a sensatez de não somente temê-Lo, mas também de se curvar diante dEle. Porém Balaão golpea sua fiel jumenta por ser receptiva`a Deus, a Quem Balaão não vê. Então o Senhor abriu a boca da jumenta:  "Que foi que eu lhe fiz, para você bater em mim três vezes?" Essas palavras refletem o fato de que não só tinha Balaão batido na sua jumenta, como também havia se rebelado contra o Senhor, o Deus Fiel de Israel. E por que Balaão estava desobedecendo ao Senhor? Balaão responde à pergunta posta na boca da jumenta assim: "Você me fez de tolo!” Balaão estava irado, pois queria ser bem quisto aos olhos dos renomados funcionários moabitas, e também queria manter sua honra entre eles. O comportamento da jumenta fez Balaão parecer tolo. 
 Então o Senhor abriu os olhos de Balaão, e ele viu o Anjo do Senhor com sua espada desembainhada na mão, urgindo Balaão a se curvar até o chão. Balaão precisava ver que o Senhor era o seu adversário neste assunto, e que seria melhor para ele concordar com seu adversário rapidamente e se arrepender!       (Veja Mateus 5:25)

O anjo do SENHOR indica que Ele é o único e o mesmo Deus que disse a Balaão “M
as fale apenas o que Eu lhe disser." Aqui está outro caso de uma teofania, Deus aparecendo como "O Anjo do SENHOR" no Antigo Testamento.
O rei Balaque recebe Balaão com entusiasmo na cidade de Moabe, e o leva até os lugares altos de Baal.

Vemos a desonestidade de Balaão, pela maneira com a qual ele constantemente reformula a verdade, a fim de torná-la aceitável `a todos. Ele omite a verdade de que Israel já foi abençoado, e que ele não pode amaldiçoá-los, dizendo:

"Mas, seria eu capaz de dizer alguma coisa? Direi somente o que Deus puser em minha boca.”

Balaão não é o único profeta a quem foi dado coisas a dizer, as quais realmente não queria dizer. Mas a humilde submissão evidente em sua jumenta não era evidente em Balaão, mesmo depois dele admitir que havia pecado.

 Primeiro Balaão começou por desempenhar um espetáculo religioso. Criando, o que ele considerava ser, uma atmosfera propícia `a manifestação do poder de Deus. Ele comanda Balaque e sua audiência a construir sete altares e preparar sete novilhas e sete carneiros. Não há nenhuma indicação de que Deus havia pedido isto. Foi um ato de manipulação religiosa. O número sete, significando plenitude, era tido em alta consideração por todos os povos semitas em geral, e era popular em todas as religiões.
 Deus se encontra com Balaão e lhe diz que volte `a Balaque e profira as palavras queele lhe dará.

A primeira profecia de Balaão foi que Israel era um povo especial, chamado para ser separado.
Que diferença entre as palavras de Deus e as palavras de Balaão! Ele vai direto `a verdade, sem rodeios, "Como posso amaldiçoar a quem Deus não amaldiçoou?”
Balaque fica furioso, pois do topo das rochas elevadas do monte Baal, Balaão abençoa os israelitas. Então, Balaque sugere que Balaão fale suas profecias de outro ponto mirante, e o leva ao campo de Zofim, ao topo do Pisga, o cume mais alto de Moabe, com vista mirante `a terra prometida.
A segunda profecia foi que Deus havia colocado uma bênção irrevogável sobre Israel (Números 23:19). "Deus não é homem para que minta, nem filho de homem para que se arrependa. Acaso Ele fala, e deixa de agir? Acaso promete, e deixa de cumprir? O Senhor, o seu Deus, está com eles; o brado de aclamação do Rei está no meio deles.” (Números 23:21)
Números 24 nos dá a entender que somente após essas duas primeiras profecias serem dadas `a Balaão é que ele concluiu que era do agrado do SENHOR abençoar Israel! Ele não precisava “recorrer à magia, como das outras vezes,” nem precisava construir altares para holocaustos, a fim de agradar os deuses! (Números 24:1)
Abandonando seus costumes de divinação, ele agora simplesmente volta seu rosto ao deserto. Ao levantar seus olhos, vê Israel acampando, tribo por tribo, o Espírito de Deus veio sobre ele e ele profetiza, pois vê mais uma vez Israel como ela é vista por Deus, dizendo: "Quão belas são as suas tendas, ó Jacó, as suas habitações, ó Israel!"  (Números 24:5)

“Devoram nações inimigas e despedaçam seus ossos.  Sejam abençoados os que os abençoarem, e amaldiçoados os que os amaldiçoarem!"  (Números 24:8-9)
Estas não são as palavras que o rei Balaque pagou boa quantia para ouvir. Ele ameaça retirar sua oferta de um cargo de honra, pois o SENHOR havia proibido a maldição de Israel.

A profecia final é aquela em que Balaão vislumbra o futuro –  o Messias. Tal profecia tem o seu cumprimento inicial com a ascensão da dinastia davídica (24:17,19) mas, em última análise, fala do Messias. É provável que os Magos que vieram do Oriente para honrar Jesus como Messias, reconheceram a estrela de Belém como a estrela em Números 24:17 (Cf. Mateus 2:2):
“Eu O vejo, mas não agora; eu O avisto, mas não de perto. Uma estrela surgirá de Jacó; um cetro se levantará de Israel. Ele esmagará as frontes de Moabe e o crânio de todos os descendentes de Sete.” (Números 24:17)

 "
De Jacó sairá o governo; Ele destruirá os sobreviventes das cidades." (Números 24:19)

O SENHOR não permitiu que Balaão amaldiçoasse Israel. O dom sobrenatural que lhe trouxe fama internacional, falhou em conseguir os resultados que os moabitas queriam. Sua magia e presságios tamb
ém foram impotentes contra Israel. O pior foi que Balaão havia pronunciado bênção, santidade, preciosidade e vitória sobre Israel.

No Novo Testamento, Balaão é apontado como um exemplo de um falso profeta, embora o que ele disse nessas profecias fossem verdades. Apesar de Deus ter lhe dado profecias, o caráter de seu ministério era falso do início ao  fim. E, como vemos pelo restante de sua história, ele levou Israel a se extraviar.

Um verdadeiro profeta na Bíblia não é apenas aquele que fala palavras que são verdadeiras e cujas previsões acontecem. Jesus disse:
 "Cuidado com os falsos profetas. Eles vêm a vocês vestidos de peles de ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores.16 Vocês os reconhecerão por seus frutos. Pode alguém colher uvas de um espinheiro ou figos de ervas daninhas?”    (Mateus 7:15-16)

 As palavras que Balaão falou na presença de Balaque não vinheram de seu dom de divinação. Divinação era a contraparte pagã `a profecia, e é proibida nas Escrituras (Levítico 19:6, 20:27, Deuteronômio 18:9-14). Em Ezequiel, 13:6-9,  são chamados de falsos profetas.

"8 Suas visões são falsas e suas adivinhações, mentira. Dizem 'Palavra do Senhor,' quando o Senhor não os enviou; contudo, esperam que as suas palavras se cumpram. 7 Acaso vocês não tiveram visões falsas e não pronunciaram adivinhações mentirosas quando disseram 'Palavra do Senhor', sendo que Eu não falei?
8 Portanto assim diz o Soberano, o Senhor: Por causa de suas palavras falsas e de suas visões mentirosas, estou contra vocês. Palavra do Soberano, o SENHOR.
9 Minha mão será contra os profetas que têm visões falsas e proferem adivinhações mentirosas. Eles não pertencerão ao conselho de meu povo, não estarão inscritos nos registros da nação de Israel e não entrarão na terra de Israel. Então vocês saberão que Eu sou o Soberano, o SENHOR." (Ezequiel 13:6-9)
Balaão, não querendo perder sua posição de honra, por decepcionar por completo o rei Balaque, faz mais uma sugestão antes de partir. Sugere que Balaque enviasse prostitutas de ritual ao acampamento de Israel, para que elas convidassem os homens a se reunir a ele na festa de Baal-Peor.
Se eles pudessem ser corrompidos com a imoralidade e a idolatria, seu Deus os destruiria.
O evento ocorre em Números 25:1-3, mas temos a explicação em Números 31:16:
16 "Foram elas que seguiram o conselho de Balaão e levaram Israel a ser infiel ao Senhor no caso de Peor, de modo que uma praga feriu a comunidade do SENHOR.”  (Números 31:16)

Balaão sabia o que motiva e seduz indivíduos. A comida e as mulheres de Moabe seriam isca atraente aos jovens cansados ​​da vida no deserto.
E assim, os homens de Israel, sendo atraídos pelo apelo sedutor das mulheres para participar de suas festas, teriam que se curvar a Baal-Peor.

Assim Israel se juntou à adoração a Baal-Peor. E a ira do Senhor acendeu-se contra Israel.   (Números 25:3)
Como julgamento pelos seus pecados, uma pestilência veio sobre todo o acampamento em Sitim. A nação inteira teria sido destruída, se não fosse pelo remover do pecado feito principalmente através do trabalho expiatório de um homem. (Novamente, uma referência profética ao evangelho)

6 "Vocês não sabem que um pouco de fermento faz toda a massa ficar fermentada?  7 Livrem-se do fermento velho, para que sejam massa nova.” (1 Coríntios 5:6-7)
A tática de trazer julgamento sobre Israel através do pecado da idolatria e da fornicação espiritual e física fez tanto sucesso que um jovem, descaradamente, trouxe uma mulher midianita a barraca de sua família para ter relações sexuais com ela.

Finéias, o neto de Arão, e filho do sucessor de Arão, Eleazar, imediatamente se levantou para erradicar essa flagrante violação da aliança que havia sido feita com Deus. Ele destruiu a obra destrutivo do inimigo ao colocar o pecador e a sedutora à morte pela espada.
2736156080063416914omLEMR_fs.jpg
O Senhor diz a respeito da reivindicação de Finéias para com a aliança de Deus,
"Finéias, filho de Eleazar, neto do sacerdote Arão, desviou a minha ira de sobre os israelitas, pois foi zeloso, com o mesmo zelo que tenho por eles, para que em meu zelo Eu não os consumisse. 12 Diga-lhe, pois, que estabeleço com ele a minha aliança de paz. 13 Dele e dos seus descendentes será a aliança do sacerdócio perpétuo, porque ele foi zeloso pelo seu Deus e fez propiciação pelos israelitas."                 (Números 25:11-13)

 
O Senhor pronunciou sentença sobre o pecado – a pena de morte (Romanos 6:23). 24.000 morreram daquela pestilência, como resultado da sedução de Balaão. Foi preciso um corajoso sacerdote-crente para fazer expiação, parar a pestilência e salvar seu povo.
Os nomes dos transgressores são expostos como um aviso `aqueles que pensam que o que é feito na privacidade é meramente de sua conta. "Vocês não sabem que um pouco de fermento faz toda a massa ficar fermentada” [pecaminosa]? Portanto, livrem-se do fermento velho. (1 Coríntios 5:6) O pecado deste casal, Zinri e Cosbi, devido ao falso ensino de Balaão, trouxe julgamento sobre Israel. Mas o pecado recebeu seu castigo devido, através da ação de Finéias, que os deteu com a morte.
O apóstolo João é instruído a dar essa mensagem à igreja de Pérgamo, a qual estava andando no caminho do meio-termo espiritual e moral:
14 "No entanto, tenho contra você algumas coisas: Você tem aí pessoas que se apegam aos ensinos de Balaão, que ensinou Balaque a armar ciladas contra os israelitas, induzindo-os a comer alimentos sacrificados a ídolos e a praticar imoralidade sexual.” (Apocalipse 2:14)
E nós? Será que nos permitimos ser corrompidos pelos falsos deuses de nossa cultura? Será que nos encontramos curvados `a eles, enquanto participamos de suas festas divertidas? Será que adotamos o falso ensino de que devemos ser amigos do mundo e, assim, nos tornar inimigos de Deus? (Tiago 4:4)

Será  que estamos fascinados com as prostitutas dos rituais contemporâneos da sociedade que nos querem seduzir para longe do nosso relacionamento de aliança com um Deus santo?


LEITURA NO NOVO TESTAMENTO: Lucas 2:1-35
Lucas é considerado um historiador de primeira-classe pelos estudiosos contemporâneos. Ele conecta eventos históricos com referências a acontecimentos no mundo daquela época. Ele se refere ao recenseamento feito quando Quirino era governador da Síria.101213jon3.jpg
Quão maravilhosamente vemos a mão de Deus orquestrando os acontecimentos através de um decreto romano que deslocaria as populações, e causaria Jesus de Nazaré a nascer em Belém, e assim cumprir a profecia messiânica:
"
Mas tu, Belém-Efrata, embora pequena entre os clãs de Judá, de ti virá para mim Aquele que será o governante sobre Israel. Suas origens estão no passado distante, em tempos antigos."   (Miquéias 5:2) 
É significante que o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo, nascesse em Belém, onde muitas das ovelhas eram criadas, as quais um dia seriam sacrificadas no templo acerca de Jerusalém.
E quão adequado que o anúncio dos anjos sobre Seu nascimento não foi feito aos nobres ou aos líderes religiosos de Israel, mas aos pastores que, em sentinela, velavam seus rebanhos durante a noite!
LEITURA DE HOJE EM SALMOS:   Salmo 59:1-17

É óbvio que Davi, ao escrever este salmo, está em um lugar difícil. Saul, que outrora havia sido seu herói, uma figura paterna em cuja mesa ele costumava jantar, como um membro adotado da família, agora era um inimigo que constantemente tramava o mal contra ele. Saul mandou seus espiões observar a casa de Davi, procurando um momento oportuno para matá-lo.
Nossos inimigos podem buscar maneiras de nos fazer o mal. Mas, como Davi, podemos clamar `a Deus, e buscar `a Ele (v.9). Davi descansa no fato de que Ele é sua fortaleza.
O inimigo de nossa alma nunca nos concede trégua. À luz disto, Davi não se entrega ao desânimo. Ele fala `a sua alma palavras de encorajamento:
(Salmo 59:16-17)    Mas eu cantarei louvores à Tua força; de manhã louvarei a Tua fidelidade, pois Tu és o meu alto refúgio, abrigo seguro nos tempos difíceis. 17 Ó minha força, canto louvores a Ti; Tu és, ó Deus, o meu alto refúgio, o Deus que me ama.

(Provérbios 11:14)   
Sem diretrizes a nação cai; o que a salva é ter muitos conselheiros.

ORANDO PELAS NAÇÕESHoje, continuamos a orar pelo Brasil. O que segue vem do Guia de Oração: "Operação Mundo" (p. 164-165).

O surgimento dos evangélicos no Brasil t
êm sido dramático. No entanto, apesar do crescimento de 2,9% em 1960 `a 26,3% em 2010  muita oração é necessária.

O crescimento numérico ao invés do espiritual é a ênfase de muitos grupos, ao ponto do exagero desonesto quanto ao número de congregantes que leva ao desrespeito para com o discipulado. Como resultado, as igrejas têm se multiplicado, mas congregações cheias de crianças imaturas, sem alimento espiritual, cuja fé se encontra excessivamente alicerçada no emocionalismo, no legalismo mesquinho e nas personalidades dos líderes.
Tal zelo, sem maturidade, leva ao equívoco espiritual, nominalismo, ao não controlar dos pés, ou seja, ao troca-troca de igreja generalizado, sem compromisso `a uma igreja em particular, e ao retrocesso espiritual em grande escala.
A teologia da prosperidade moldou muito do pentecostalismo no Brasil, com aqueles no topo da pirâmide desfrutando do status e do estilo de vida de celebridades assim como dos escândalos financeiros enquanto milhões de pobres esperam por um milagre de cura, ou por uma bênção financeira. Ore pelo equilíbrio entre a expectativa de bênção e a santificação de cada dia.

Os exemplos de liderança estão extremamente carentes, como foi testemunhado pelos escândalos e fracassos morais de alguns líderes de alto perfil, caracterizados mais por sua riqueza, poder e falha no prestar de contas do que pela sua humildade e fidelidade.

Treinamento adequado e eficaz é chave para abordar as questões acima. O rápido crescimento, especialmente entre os pentecostais, gerou extrema escassez de líderes treinados. Com mais de 200.000 congregações evangélicas, os modelos tradicionais de educação são inadequados para atender a necessidade.
Existem mais católicos no Brasil do que em qualquer outro país, mas a igreja católica em si continua em crise. A taxa de deserção diminuiu, porém continua a perder membros para os evangélicos, espíritas e para a não-religião. Em 2025, o catolicismo poderá ser uma religião minoritária, a qual tinha 95% da população por volta de 1950. Cerca de 70% de ex-católicos são agora evangélicos. Mesmo dentro do catolicismo, apenas uma pequena minoria permanece tradicionalmente católica e fiel na prática; muitos outros são influenciados pelo espiritismo, nominalismo, ou pela renovação carismática.

Ore pela unidade. Denominações evangélicas cresceram rapidamente nos últimos 20 anos, enquanto novos grupos são formados com quase qualquer divergência teológica ou conflito interpessoal. Podem haver mais de 4.000 grupos diferentes de evangélicos. A mentalidade de sucesso baseada em números e renda pode induzir rivalidade e ciúme. Ore pela Associação Evangélica do Brasil, para que ela seja um meio de promover a unidade duradoura, a comunhão e a cooperação piedosa,  permeada pela oração.

Pastor David K. MacAdam   
           
 “Assim, naturalmente, proclamamos Cristo!  Avisamos a todos que encontramos e a todos que podemos, ensinamos tudo o que sabemos sobre Ele, de modo que, se possível, possamos trazer cada homem a sua plena maturidade em Cristo.  Nisto estou trabalhando o tempo todo, com toda a força que Deus me dá.”
(Colossenses 1:28-29, J. B. Phillips, paráfrase)

Igreja Nova Vida em Comunidade, Concord, MA 01742

sábado, 7 de abril de 2012

Isto é o meu corpo... Isto é a minha carne... isto é páscoa!



Sabe, eu tenho pensado nas palavras de Jesus quanto a Santa Ceia.  Hoje quando participamos desse ritual religioso (pois foi isso o que se tornou  essa maravilhosa ordenança do Mestre), tendemos a ignorar o seu significado real e espiritual.
Mas o que de fato significa “comer de Minha carne” e  “ beber de Meu sangue”?
De forma ainda bem rasa e superficial, penso que comer de minha carne é uma decisão de se apropriar do Jesus que se despedaçou por nós. Um Jesus que foi ao extremo de sofrer antes mesmo da cruz, através de chicotes, de agressões, de humilhações em seu corpo e principalmente da compaixão pelos desamparados dessa era.
Quando uma pessoa participa da santa ceia, quando esta se achega a mesa do Senhor Jesus para comer de Sua carne, ela precisa pensar e valorizar este sacrifício, nessa entrega, e louvar a Deus por que foi por nós que O Mestre sofreu se deu, chorou, morreu.
Comer da carne significa receber e aceitar que tudo o que Jesus sofreu por mim foi suficiente para me unir a ele. Quando como da carne do mestre, estou declarando que sou parte disso, que recebo tal oferta, que me conformo com Cristo em suas dores, e agonias ainda nessa vida.
Por isso acho complicado que incentivemos ou proibamos pessoas de tomar decisões com repeito a Santa Ceia ritualística em nossos encontros. O máximo que podemos dizer é o que disse o apóstolo Paulo, cada um se examine a si mesmo.
Assim serve para o “beber de meu sangue”. Quando tomamos do cálice do Mestre, estamos fazendo um pacto, uma aliança com esta morte. Estamos declarando que não apenas aceitamos a sua morte por nós, e sim que essa morte é nossa também. Por isso está escrito: “aquele que morreu com Cristo, ressuscita com Ele”.  Aceitamos Sua cruz, Seu opróbrio, Sua entrega total a Deus em prol da humanidade.
Comer, mastigar engolir, isso tudo é uma decisão consciente e revela ações interligadas. Ao colocar algo na boca podemos cuspir de imediato se não gostamos do sabor. E tenho certeza que você já fez isso com uma fruta estragada, ou com algo amargo ou apimentado. E quando tratamos da carne do mestre, talvez não tenhamos dificuldades em comer aquele mísero pedaço de pão oferecido em nossos encontros.
Mas quando provamos das dores de pessoas e logo ignoramos isso, ou evitamos o nosso próximo, dentre outras coisas,  estamos evitando e negando todo o compromisso que fizemos com o mestre naquele ritualzinho mixuruca que superestimamos ao invés de valorizar a vida, o amor ao próximo, o se entregar de corpo e alma pela causa.
Será que você acredita mesmo que basta comer aquele pedacinho de pão seja suficiente para se tornar um com o Mestre? Meu caro,  você precisa entender que comer da carne, beber de seu sangue vai muito além disso, pois  ter os seu corpo em pedaços não é tão confortável assim.
Comer da carne de Jesus tem haver com se identificar com a carne sofrida das crianças de rua violentadas. Comer da carne de Jesus tem haver com oferecer o seu rosto para que a mulher violentada seja preservada. Comer da carne de Jesus  é se colocar entre as chibatadas da ganância dos políticos corruptos e as pessoas desamparadas que sofrem. Quem come da carne do Mestre não se desvia das cusparadas dadas pela mídia que despeja seu lixo violento, pornográfico e imoral em cima de crianças desamparadas por pais ocupados demais em sobreviver.  Comer da carne e sofrer por causa da injustiça, da indiferença, do ódio.
Será que você acreditava que comer de sua Carne era apenas saborear aquele pãozinho servido na igreja?  A carne não é tão saborosa assim. Lembre-se que os pães asmos eram amargos.
Este fim de semana, comemoramos a páscoa do nosso Salvador, e creio que a melhor maneira de celebrar isso, é se identificando com o Mestre em sua dor e angústia, é se levantar e agir, e comer com quem não tem comida, é vestir quem não tem roupa, é sofrer com os que sofrem, é sentir-se preso com os encarcerados, quer seja nos presídios e casas e custódias, ou os aprisionados pelos vícios, pelos engodos dessa vida, é chorar com os que choram. É deixar o corpo de Jesus ser revelado ah quem esta em pedaços pelo motivo que seja.
Beba do cálice do mestre sofredor com as lágrimas da mãe que perdeu seu ente querido, com a menina que chora a violência sofrida, com o sangue derramado inocentemente daquele menino que infelizmente estava no lugar errado na hora errada.
Chocolates, bombons, são bons, mas não suficiente, e nem real, existe uma páscoa que Jesus nos convoca a celebrar,  e a comê-La ou bebê-la me memória dEle.
Coma de sua carne e deixe ser comido, absorvido pelas pessoas em suas necessidades e angústias. Manifeste o sangue d Jesus e não apenas clame contra a proteção do seu pecado ou dos demônios, mas vá a casa de alguém, ou ao seu encontro e pinte os umbrais dessa casa ou do coração desta  pessoa com a sua entrega e culto a Deus.
A Páscoa que o cristão celebra, a ceia que comemos, deveria ser mais parecida com o Mestre vivo e não com um ritual morto, destituído de vida e poder, sem sentido e egoísta.
No amor de Cristo Luciano Couto

quinta-feira, 5 de abril de 2012

POR ONDE ANDA JESUS?





“E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo.
E, vendo as multidões, teve grande compaixão delas, porque andavam cansadas e desgarradas, como ovelhas que não têm pastor.

Mateus 9:35-36

Conheço e canto uma canção que diz o seguinte em seu refrão :
“... Eu quero estar contigo, vivendo em Tua Presença,
Comendo em Tua mesa, Rodeado por Tua Glória, Senhor
Em Tua presença é onde sempre quero estar
Eu só quero estar, contigo quero estar Senhor.”

           E sabe de uma coisa? Quando cantei ou quando canto esta letra, sempre é de todo o coração, fecho meus olhos e declaro com todas as minhas forças a verdade pronunciada em meus lábios que  é de um coração desejoso em estar com Jesus em qualquer lugar que ele estiver.
          Mas você sabe como é essa história de música não é? Geralmente é o momento em que mais mentimos ou dizemos coisas que são totalmente desconhecidas a nós em sua essência.  E pensamos que o lugar que ele está é qualquer outro mas  menos o lugar em que ele se encontra de vferdade.
          Por exemplo, estou cansado de ver no mundo gospel musical pessoas que dizem: “SE EU TE ADORAR POR MEDO DO INFERNO, QUEIMA-ME NO INFERNO. SE EU TE ADORAR PELO PARAÍSO, EXCLUA-ME DO PARAÍSO.
MAS SE EU TE ADORAR PELO QUE TU ÉS, NÃO ESCONDA DE MIM A TUA FACE!” Rabia
          Acham as expressões as mais maravilhosas do mundo, aquelas que acalentam a nossa alma, e na maioria das vezes, cantamos para nos sentirmos bem com a nossa consciência e sendo  assim podemos afirmar que cantoria funciona mais como analgésico do que revela a verdade de nossos desejos.
          Mas por onde Jesus andou? Onde Ele estaria hoje? Bem segundo a Mariana Valadão e sua trupe Ele estaria no Twitter, ou ensaiando com sua banda de Rock and roll  gospel. Sem falar que teria uma BMW, já que naqueles tempos O jumento era o “veículo” do momento (segundo eles, não segundo a Bíblia). Porém quero aqui  te afirmar algo com todo o meu coração. O Jesus da Mariana Valadão é bem diferente do Jesus que a Bíblia que eu leio revela. E sinto muito mesmo por ela conhecer um Jesus tão pobre e tão sem vida quanto este que ela esta apresentando e cantando. (me perdoe e falta de etiqueta ao citar o nome, mas o video dela esta explosto no Youtube.).
         O Jesus que eu conheço, é revelado nas Escrituras Sagradas em constante movimento, sim Ele se movia em direção à vontade do Pai restaurando gente, tocando em pessoas, curando os enfermos, e jamais usava isso para se promover, porque o Jesus que eu conheço não se promove em desgraça dos outros, e sim Seu nome é glorificado por ser homem de dores e de compaixão que se apresenta e se torna a resposta as pessoas.
         O Jesus que eu conheço, valoriza o grito desesperador de um homem sem nome, que conhecemos como Bartimeu ( Filho de Timeu), um mendigo a beira do caminho, cego, pobre e que só não estava nu por conta de uma capa que possuía. Ahhh como Jesus poderia virar as costas a esse pobre mortal?
        O Jesus que eu conheço ao ver um velório de uma viúva numa cidade chamada Naim, não se uniu ao cortejo para cantar a sua nova música da moda e cheia de unção, mas ele se apresentou como a ressurreição e a vida e tocou no esquife e assim devolveu o que aquela viúva tinha de mais importante que era seu filho.
         O Jesus que eu conheço, não gostava muito da roda dos escarnecedores, mas aqui me refiro aqui é a da  alta sociedade que escarnecia da miséria do povo, e por isso Jesus vivia entre as meretrizes, os doentes, os pobres etc.
         O Jesus que eu conheço olhava para os doutores da lei, as autoridades gospel da época e dizia: “Filhos do diabo, servos de Mamom, Sepulcros caiados, (hoje seria, sepulturas enfeitadas e floridas)”. Mas a uma prostituta dizia: “Eu não te condeno...vai e não peques mais”
         O Jesus que eu conheço está bem próximo aos necessitados, aos desamparados, aos aflitos, e é  de impressionante que o Jesus que esses poetas gospel das músicas nunca estão envolvidos com as pessoas em suas tragédias e dores, e quando fazem, é somente para divulgarem a sua “bondade” ou “boas obras”. Como um bom amigo citou: Vá ao corredor do INCA e cante: “hoje o meu milagre vai chegar...”. Esses lobos são patéticos e não tem ideia de quem seja meu Jesus.
         O Jesus que eu conheço tem estado diariamente na Terra Prometida, bairro pobre da cidade onde moro, bairro onde o lixo de toda a cidade é despejado, onde as pessoas não apenas comem NO  lixo, e sim comem DO lixo. Sim tenho visto Jesus ali, no rosto de uma mãe que chora por não ter o suficiente para dar a seu filho. De mães sujas e maltrapilhas, sem ter um lugar para dormir adequado. Enquanto isso se constrói catedrais gigantescas aqui, tiram do pobre e colocam nas paredes. Ah Jesus, eles não ouviram que não deveríamos valorizar tanto assim os templos, e negligenciar aos aflitos...
         Como temos a audácia de declarar a frase da mulçumana Rábia, e nem Sequer nos dispomos a ir a um hospital e estar com os doentes? Como declaramos com todas as forças que preferimos queimar, se não entregamos o nosso corpo para enfrentar o calor da vida que perece nas ruas e nas favelas de nossa cidade?  Como podemos cantar que desejamos, almejamos “estar onde Jesus está”, se evitamos os bares, as boates, os bordeis, as favelas, os sanatórios, as famílias destruídas, e preferimos as recamaras de um templo que chamamos de Igreja como desculpa de não andarmos nas rodas dos escarnecedores? Me poupem, e poupe o Nome de meu Jesus!
          Não, o meu Jesus poderia até passar pelas sinagogas, mas ele jamais seria aceito ali, assim como o Jesus que conheço dificilmente seria admitido no rol de membros da maioria das congregações em nossa cidade.
          E caso em alguns lugares ele fosse aceito, iriam questionar a sua falta de fé por não ter onde reclinar a cabeça, ou não possuir uma BMW,  ou acusar-lhe de inconstância por andar com o tipo de pessoa pecadora que ele costumava andar, e até mesmo de ser maldito por ter nascido em uma manjedoura ao invés de nascer em um hospital melhorzinho.
         O Jesus que eu conheço é muito diferente do apresentado hoje naquilo que é chamado de igreja em nosso país.
         Jesus onde estás? Com quem habitas?
         Se você deseja saber isso de verdade, precisa ler: Isaías 57.15; Sl 51.17; Is 66.2; Mt 5.4; Lc 7.36-38. E faça um favor a si mesmo. Pare de uma vez por todas com de financiar esse mercado gospel.

       Maranata!

       No amor de Cristo, Luciano Couto após muita dor...

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Outra espiritualidade possível



Como a cigarra que só deixou uma casca, chegou a hora de algumas instituições religiosas se verem como mero registro histórico de boas intenções. E deixem suas suntuosas catedrais como recordação da religião imponente, guerreira, voluntariosa, que um dia foram.
Passou o tempo da religião especializada em doutrinar. Ficou para trás o sistema obcecado por pensamentos lineares; intransigente nas leituras literais; inflexível nos pressupostos. O projeto de incutir salvação como anuência acabou. Aprender o catecismo para ser considerado um discípulo mostrou-se incapaz de promover um bem social. A religião que privilegiou o individualismo se esvaziou. O bem coletivo nasce do diálogo, da abertura para o diferente, nunca de decorebas. Para ressurgir, o movimento, que se pretendia evangélico, deve abandonar sua casca dogmática e legalista – que teve pertinência, mas hoje exige a alma de muitos.
No desmonte desse esqueleto religioso, é preciso denunciar  também o eleicionismo teológico. Nada mais patético do que considerar-se preferido entre bilhões. Saber-se eleito significa acreditar que em alguma época passada, numa eternidade remotíssima, Deus distinguiu alguns e preteriu a maioria. Indica afirmar que os benefícios divinos foram seletivamente distribuídos – sem que se saiba por quais critérios. Essa convicção só pode gerar uma segurança ilusória – que não só enche de empáfia, como ajuda a distanciar o punhado sortudo do drama que os demais sofrem. Vaidade espiritual vem daí.
Há de repensar-se a função do sacerdote. Não pode existir uma elite representante de Deus. Como aceitar que o acesso ao Divino seja complicado ao ponto de exigir burocratas? Peritos, especialistas em divindade, não passam de sicofantas – carreiristas, alpinistas amarrados ao sagrado.
Espiritualidade não se reduz à técnica; ela prescinde de traquejos. Um “Deus que funciona” não passa de um autômato. As relações com ele não dependem de se aprender o jeito de fazê-lo responder a estímulos corretos.
 O clericalismo, detentor dos mistérios da divindade, abriu a porteira do estrelismo. E religião que reforça vedetismo, robustece ego e desmerece a simplicidade, não é digna de ser chamada “seguimento de Jesus”. Na mensagem do Nazareno, benignidade triunfa sobre teoria e a busca da justiça se concretiza em ações transformadoras.
Longe da mentalidade gerencial, outra espiritualidade florescerá nas fissuras das estradas de terra. Ali, na poeira do dia a dia, virtude desprezará gestos ocasionais para grudar na pele de pessoas comuns.
O percurso que separa o cristianismo da cristoformidade parece longo e difícil. Todavia, não vai demorar os seguidores de Jesus aprenderem que: “Religião de verdade, que agrada a Deus, o Pai, é esta: cuidem dos necessitados e desamparados que sofrem e não entrem no esquema de corrupção do mundo”. [Tiago 1.27]
Soli Deo Gloria

  Ricardo Gondim

Fonte:  http://www.ricardogondim.com.br/meditacoes/outra-espiritualidade-possivel/

terça-feira, 3 de abril de 2012

Não basta ser bom, importa ser misericordioso



A Semana Santa nos convida a pensar sobre o sentido maior de nossas vidas à luz daquele que foi radicalmente humano e por isso também divino. Ele não se propôs fundar uma nova religião. Nem pretendeu que as pessoas fossem mais religiosas. Mas o que de fato quis, foi que todos, com a religião ou sem ela, fossem mais humanos, solidários, fraternos, justos, amorosos e misericordiosos.
Para Jesus não bastava ser bom. Tinha que ser misericordioso. Só assim seria plenamente humano. O Deus que anunciava era um Pai bom mas principalmente era um Pai misericordioso. Sentir a dor do outro, abaixar-se até o seu nível e compreender sua vulnerabilidade sem logo julgá-la, constituía a originalidade de sua mensagem.
Ela é atualíssima. Num mundo cruel e sem piedade, onde nações são arrasadas pela voracidade do capital que as mergulha em dívidas, como se faz urgente e necessária esta virtude escandalosa e tão radicalmente humana que é a misericórida.Precisamos trazer de volta a figura do Pai bom mas fundamentalmente misericordioso.
Se há um eclipse da figura do pai na sociedade moderna, há também uma saudade por sua volta, já testemunhada há séculos por Telêmaco, filho de Ulisses, na Odisséia de Homero: “Se aquilo que os mortais mais desejam, pudesse ser conseguido num abrir e fechar de olhos, a primeira coisa que eu quereria, seria a volta do pai”. Curiosamente esta volta é augurada pelo Cristianismo, numa página memorável de São Lucas ao falar da volta do pai ao filho pródigo.
Para compreender esta volta do pai, importa situar a parábola no contexto da prática e da proposta de Jesus. É um dado historicamente assegurado que Jesus circulava entre pessoas de má companhia e que comia com elas. Comer era considerado, para os critérios do tempo, um sinal de amizade. Naturalmente provocava escândalo entre as pessoas piedosas que passavam a criticá-lo.
Por que Jesus assumia um comportamento assim ambíguo? Responder a isso é identificar sua experiência espiritual e sua forma de entender Deus. Jesus experimentou um Deus que é Pai de infinita bondade e que, por isso, assumiu características de mãe: acolhe a todos, a bons e a maus e revela uma misericórdia ilimitada. A forma como Jesus expressa a misericórdia de Deus é ser ele mesmo misericordioso, coerente com o que aconselhava aos outros: “sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso”. Em razão disso, se misturava às pessoas de má fama para que, em contacto com ele, pudessem sentir a misericórdia divina.
Para facilitar a compreensão dos piedosos que se escandalizavam, narra três parábolas: a da moeda perdida, a da ovelha desgarrada e a mais conhecida de todas, a do filho pródigo. Cada parábola termina com estas palavras consoladoras: “alegrai-vos comigo porque encontrei a ovelha desgarrada, a moeda perdida e porque este meu filho estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi encontrado”.
Precisamos ser duros de coração e faltos de espiritualidade para não apreciarmos essa experiência de Deus como Pai de misericórdia. Como o amor é incondicional, incondicional é também a misericórdia. Nisso a parábola do filho pródigo é explícita. A novidade não reside no fato de o filho voltar ao pai, depois de haver esbanjado tudo e se encher de remorsos e de saudades. A novidade reside no fato de o pai voltar ao filho: ao vê-lo na curva da estrada, o pai corre-lhe ao encontro, lança-se ao pescoço e cobre-o de beijos. Não lhe cobra nada. Ao contrário, prepara-lhe uma festa.
Com isso Jesus quis deixar claro: Deus é um Pai materno ou uma Mãe paterna que sempre volta para os filhos e filhas, por malévolos que sejam, porque nunca lhe saem do coração.
As Igrejas, diferentes de Jesus, raramente se voltam para as pessoas para que façam uma experiência de misericórdia. Antes, continuam a aterrorizar as consciências com as chamas do inferno. Escolhem o caminho do moralismo, reforçando o medo que mantém cativa a liberdade e torna triste a vida.
Jesus mesmo denuncia essa atitude, presente no filho bom que ficou em casa, à sombra do pai. Ele se nega a voltar para o irmão. Quer a observância da norma e a aplicação do castigo. Esse filho bom é o único a ser criticado por Jesus. Para Jesus não basta sermos bons. Importa sempre voltar para o outro e mostrar amor e misericórdia.
Pai e filho voltam um ao outro: fecha-se o círculo e irrompe então a irradiação da plena humanidade.

Fonte:  http://leonardoboff.wordpress.com/2012/04/03/nao-basta-ser-bom-importa-ser-misericordioso/

O discurso não muda...



                      ANTES DA POSSE
O nosso partido cumpre o que promete.
Só os tolos podem crer que
não lutaremos contra a corrupção.
Porque, se há algo certo para nós, é que
a honestidade e a transparência são fundamentais.
para alcançar os nossos ideais
Mostraremos que é uma grande estupidez crer que
as máfias continuarão no governo, como sempre.
Asseguramos sem dúvida que
a justiça social será o alvo da nossa ação.
Apesar disso, há idiotas que imaginam que
se possa governar com as manchas da velha política.
Quando assumirmos o poder, faremos tudo para que
se termine com os marajás e as negociatas.
Não permitiremos de nenhum modo que
as nossas crianças morram de fome.
Cumpriremos os nossos propósitos mesmo que
os recursos econômicos do país se esgotem.
Exerceremos o poder até que
Compreendam que
Somos a nova política.


DEPOIS DA POSSE

Basta ler o mesmo texto acima, DE BAIXO PARA CIMA, linha a linha.
 
Anônimo
 
Recebido por e-mail.