domingo, 21 de setembro de 2014

Igreja nas casas x Igreja em células – algumas diferenças

Você acha que cada crente, se treinado, possui a capacidade de liderar uma célula, um núcleo, etc? Liderar também não seria um dom, e com isso chocaria com o princípio do ministério orientado por dons?
Caro leitor:
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Os modelos de crescimento (G12, MDA e afins) trouxeram um certo renovo à Igreja institucional pelo princípio da descentralização ministerial. Os pastores entenderam que deveriam cumprir na prática, e não somente em retórica, o que diz a Palavra de Deus:
… e o que de mim ouviste de muitas testemunhas, transmite-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros (2 Tim. 2:2).
Muitos pastores gritaram raivosamente de seus púlpitos contra os modelos de crescimento no final da década de 90 mas, mais de 10 anos depois do “boom” do movimento celular no Brasil, a poeira já abaixou e o G12, aparentemente, não é mais tão ruim assim: o Malafaia já beijou o Terra Nova, e muitos dos que outrora condenavam o movimento celular eregiram os mesmos pilares de “ganhar, consolidar, discipular e enviar” em suas Igrejas – somente mudaram a nomenclatura de algumas coisas para evitar algum tipo de associação ao G12. 1
No tocante à multiplicação de líderes, devo reconhecer que esta foi uma mudança de paradigmas positiva trazida pelo movimento celular à Igreja institucional. O G12 democratizou a prática do ministério, devolvendo-o às mãos do povo (de onde nunca deveria ter saído) e descentralizou as atividades da Igreja, antes limitadas no “templo”, espalhando a Igreja pela cidade por meio de grupos caseiros chamados “células”. O crescimento foi o resultado natural.
Entretanto, em minha opinião, a abordagem do modelo celular carece de melhorias. Muitos anos já se passaram desde “a onda de Bogotá” (que já baixou), e hoje a abordagem celular vem se flexibilizando e se adaptando à necessidade das igrejas locais (ao invés de ser uma metodologia inflexível ditada pelo manual colombiano). Sei que há gente madura que trabalha de forma séria neste tipo de estrutura e que tem identificado e tentado remediar os mesmos problemas que aponto a seguir:
“Cada crente um ministro” na Igreja celular normalmente quer dizer que o alvo de cada crente deve ser “liderar uma célula” – o que normalmente se entende por pregar ou conduzir um estudo bíblico nas casas. Alguns preparam seu próprio estudo, outros são obrigados a facilitar o estudo da “mensagem de domingo”. A exemplo daquilo que já se faz na Igreja tradicional, “ministro é aquele que prega”, ou seja, há o favorecimento de uma uniformização ministerial em contraste com o ministério orientado por dons. Penso que esta é uma das grandes diferenças entre a Igreja em células e a Igreja nos lares, muito embora as pessoas se confundam na terminologia.
O perigo está na possibilidade de algumas igrejas celulares se converterem em verdadeiras máquinas de xerox e o discipulado se tornar uma “linha de produção”: todos os seus ministros saem com o mesmo formato, com as mesmas funções, ministrando da mesma forma e falando praticamente a mesma coisa. Como os líderes todos possuem o mesmo molde, muita gente se vê obrigada a ser “líder de célula” (isto é, ensinar nos grupos caseiros) e acaba consequentemente operando fora de seu dom. Os resultados, muitas vezes, são os mais catastróficos. Algumas igrejas celulares são como enormes granjas que produzem suas galinhas em massa, todas com a mesma ração, todas com o mesmo tratamento. Não há espaço para a espontaneidade, nem para a expressão do dom natural de cada crente. O resultato é que os programas e as metas de crescimento acabam substituindo o relacionamento.

Em um ambiente orgânico de Igreja…

… o alvo é , igualmente,  “ganhar, consolidar, discipular e enviar” com a diferença de que alguns princípios são observados:
1) Discípulo não é como bolo, que se coloca 40 minutos no forno e já está pronto. Não há programa a ser cumprido, não há receita de bolo a ser seguida, não há tempo estabelecido para a formação de um ministro. O desenvolvimento do discípulo deve ser natural e a seu próprio tempo, fruto das juntas e medulas do Corpo bem conectadas e ajustadas, isto é, relacionamentos profundos que, além de estudos bíblicos, proporcionem ensinamentos práticos através da comunhão, da admoestação, do encorajamento e do serviço mútuos.
2) O alvo de todo discípulo deve ser se tornar um ministro (servidor) da Nova Aliança. Isso não quer dizer que todos se tornarão pregadores ou “líderes de célula”. Quer dizer que ministrarão aos demais santos de acordo com seu dom natural em um ambiente de congregação: seja doutrina, seja profecia, seja hospitalidade, seja administração. A sabedoria de Deus é multiforme, e não uniforme.
3) Líderes não são escolhidos por cumprirem um determinado programa, e sim por seu caráter, maturidade espiritual e bom testemunho.
4) Líderes não dominam as reuniões. Há um esforço consciente para o cultivo da espontaneidade do Espírito em que outros dons se manifestem no ajuntamento, por meio de outros membros do Corpo local, não somente através do líder.
5) Líderes não dominam ou controlam o rebanho. São irmãos com mais tempo de caminhada que, por sua experiência e caráter comprovados, orientam os irmãos mais novos na fé e influenciam (não impõem) a Igreja na tomada de decisões.
Concluo com as sábias palavras de Pedro:
Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus. (1 Pe 4:10)
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O efeito "Lotus" da Religião


       


      Dia a dia agitado, pressão para todos os lados e vez ou outra me deparo com frases, ilustrações ou comentários de pessoas influenciadas por filosofias diversas, sendo que a mais atuante em nossa nação é a religiosa. 
Antes de mais nada, preciso dizer, afirmar, e deixar bem claro que creio piamente nas Sagradas Escrituras, Creio que Jesus Veio em carne, que Ele é Deus, e que morreu em uma cruz para me salvar e resgatar dos pecados (Não do inferno como alguns acham.).
       Portanto oque direi, tem haver não apenas com um efeito de repulsa a uma religiosidade danosa ou mortífera, e sim por ter vivido assim durante muito tempo. E antes de mais nada quero começa citando um texto que encontrei na NET onde o autor cita um conto da "Ilha dos Lotófagos".

"Na mitologia grega, os Lotófagos são uma tribo existente numa ilha perto do Norte de África, que comem essas plantas narcóticas, causando um sono pacífico aos habitantes da ilha, tirando-os da realidade, fazendo com que esqueçam do tempo e espaço.
Na Odisseia de Homero, (poema composto pelo poeta grego Homero durante o oitavo século antes de Cristo (entre 701 e 800 a.C.) que conta as aventuras do guerreiro grego Ulisses (ou Odisseu) após a Guerra de Tróia.) Ulisses e os seus companheiros desembarcam na ilha dos lotófagos. Então são enviados três homens (1 arauto e 2 companhas) para investigar a ilha. Esses homens começam a fazer o que os nativos faziam: comer o fruto do lótus. Isto fez com que eles se esquecessem de abandonar a ilha. Finalmente, Ulisses conseguiu levar os 3 homens para o navio e os amarrou a seus assentos para que não voltassem à Ilha.
A ingestão do lótus provocava a amnésia e este esquecimento é uma ambição antiga: abre a possibilidade de começar de novo, de renascer, de apagar o passado." 1

          Por mais que Homero tenha escrito esse texto a tanto tempo, vejo muitas relações entre ele e a chamada igreja cristã de nossos dias. 
          É impressionante o número de pessoas que vivem se alimentando de "Flores de Lotus", e entorpecendo de ganancia, ódio, discriminação, orgulho, ao ponto de acreditarem que não existe outro lugar além de sua igreja, sua denominação. Parecem que as pessoas são todas alienadas, pois não provam de seu conhecimento. Todos estão condenados, pois não seguem seus dogmas populares. E se você as convoca a saírem da "Ilha" , se você questiona algo de suas crenas, significa que esta se desviando, e se afastam imediatamente de você, pois isso pode ser contagioso.
      A questão religiosa é tão danosa, que se você comete algum "pecado" fora daqueles permitidos, tais como, mentir, roubar, ser maledicente, falso, insensível, de vez enquanto dá uma traidinha, desde que ninguém descubra, tudo isso esta tudo bem. Agora se você é uma pessoa honesta, não negocia princípios, mas que por circunstancias diversas enfrenta situações que não consegue mudá-las, aí já era... está excluído da Ilha. 
Eles torcem para você se sentir mal, a ponto de um dia se arrepender e quem sabe virem de joelhos até ele implorando ara que orem por você.
NÃO! NÃO ESTOU EXAGERANDO!
Vivi isto na pele!!!
      Todos que me conhecem, sabem de minha conversão, nunca deixei duvida com o meu envolvimento no que diz respeito a relacionar-me com Deus e com o Reno, e Sua Causa. Dediquei com prazer e sem arrependimentos minha vida nos últimos anos  a pregação do evangelho e buscando saber de verdade oque significava fazer discípulos. Pensei até que estava indo tudo bem. Até que após várias perseguições, pressões, e lutas interiores, tive que enfrentar a maior luta de minha vida, que foi o DIVÓRCIO. Nunca planejei casar para me separar. E se você acha que estou escrevendo isso para justificar, ou culpar alguém por um fato ocorrido, estás muito enganado.  Acho que em alguns momentos precisamos parara de apontar armas, tirar as armaduras, e despirmos-nos de nossos egos, para que nos rendamos a uma realidade: MUITA GENTE JÁ SOFREU COM TUDO ISSO, principalmente os envolvidos.
       Sabe, assim que comecei a enfrentar esse dilema, vocês não tem ideia de como fui tratado. Em um primeiro momento vinham as pessoas mostrando apoio, dizendo que iria orar por mim, mas que naquele momento não poderiam fazer muito, pois estavam ocupadas. Uns com filhos, outro com afazeres do dia a dia, outros com peças de teatro para ensaiarem, nunca tinham tempo. Éramos Deus, minha mãe Carmem, Janai e eu.... rsrsrsrs  Tempo de luta, mas tempo bom.
       Com isso, após um tempo, e já separado no papel, conheci uma pessoa maravilhosa, começamos a conversar, e por fim nos relacionar de uma maneira mais séria. Sabe oque aconteceu?
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
          Apareceu gente de tudo quanto é lugar para me orientar, dar direções proféticas, mesmo porque a jovem era católica, e isso seria totalmente contra a direção divina (me relacionar com alguém de jugo desigual). 
          Eu ficava pensando como aquelas pessoas derrepente encontraram tempo para virem  a mim. Teve gente que chorouuuu tanto que tive de acalmar.
Porém não teve jeito. Prossegui o relacionamento com a pessoa que tenho o prazer hoje de tê-la como minha companheira, Danielle Costa, ou simplesmente Danny.
        Então isso foi a gota d água, me excluíram do Facebook, apagaram-me de suas vidas, cortaram qualquer tipo de ligação, uma organização que me ajudava financeiramente, simplesmente cortou a ajuda, não foram se informar como eu viveria, simplesmente cortaram (Ainda bem que aprendi desde cedo a não depender de organizações evangélicas rsrsrsrs, mas já imaginou se eu dependesse?) Essa foi uma das maiores manifestações de covardia que já sofri, mesmo porque se Deus fosse retirar as dádivas que nos concede por não merecermos, quem estaria de pé?
         Queridos, não quero me estender, porém é importante citar isso para que tenhamos uma noção de como os religiosos são entorpecidos com os seus dogmas, ignorando a manifestação do Espírito Santo que é reconciliador, que é amigo, que é perdoador. E muitas das manifestações que recebi durante um período difícil de minha vida eram contrário a esse Espírito. 
            Mas por outro lado, era tudo oque eu precisava para ver oque estou vendo hoje. Se não fosse a dádiva da perseguição dos religiosos, eu jamais veria como vejo hoje.
E pensando no conto do Homero, fico pensando em como foi difícil sair dessa "Ilha entorpecida" chamada Igreja Evangélica, mas como tem sido bom, ver as coisas sem ilusão, as coisas como elas realmente são.
             A Religião tem um efeito devastador no religioso, por isso peço a você paciência quando tratares com pessoas assim. Elas não sabem oque estão fazendo, estão tão cegas em seus afazeres, em suas missões, em seus compromissos religiosos, que se esquecem do principal, O amor em Cristo Jesus.  
Ohhhh, Que amor profundo!