Dízimo está mais do que nunca em evidência, tanto por aqueles que pregam sua obrigatoriedade quanto por aqueles que defendem que o dízimo é um preceito da Antiga Aliança. Penso que absolutamente nenhum cristão maduro é contra a prática de contribuir financeiramente na obra de Deus. Tenho absoluta certeza de que tanto os irmãos pró-dízimo quanto os irmãos anti-dízimo estão de acordo que devemos aprender a honrar a Deus com nossas finanças. O ponto em questão é se há uma porcentagem fixa (10%) e se esta doação é obrigatória na Nova Aliança.
Dízimo não é Imposto
Antes de mais nada, devo esclarecer que não sou contra a prática de dizimar, mas me desfiz de todo tabú acerca deste tema. Não ensino sobre o dízimo como se faz na Igreja institucional pelas seguintes razões:
1) Não há nenhuma evidência bíblica que demonstre que a Igreja gentílica praticava o dízimo como um mandamento. O dízimo, como concebido na Antiga Aliança, servia para o sustento do Templo, dos sacerdotes e dos levitas. Com o fim desta Aliança, a obrigatoriedade do dízimo igualmente acabou. A Igreja gentílica neotestamentária não possuia sacerdotes, levitas ou templos. Justamente por isso, sempre que Paulo ensina sobre finanças na Igreja, fala em termos de doações voluntárias (2 Cor. 9). Portanto, o dízimo na Nova Aliança não pode ser visto como um imposto religioso.
2) Há indícios históricos de que o dízimo deixou de ser um pagamento obrigatório com o fim da Antiga Aliança na maioria absoluta das Igrejas. Irineu, Orígenes, Justino Martir, Tertuliano, Cipriano, João Crisóstomo e outros cristãos dos séculos II ao V – cujos registros compõe a história da Igreja – nos falam somente de contribuições voluntárias na comunhão dos santos. Somente no século VI, no Sínodo de Mâcon (582), é que o dízimo começou a ser ensinado como algo obrigatório (quando se adotou a infame Teologia do Paralelismo entre a Igreja e o sistema sacerdotal/levítico veterotestamentário) e um milênio mais tarde – no Concílio de Trento – ganhou força de lei cujo não cumprimento seria punido com a excomunhão.
3) Algumas igrejas do Oriente dizimavam por obrigação porque interpretavam que o diálogo entre Jesus e o jovem rico (Lucas 18:18-24) ensinava a “generosidade sacrifícial”. Em primeiro lugar, Jesus não pediu o dízimo ao jovem rico (o que suspostamente já praticava) e sim que vendesse a totalidade de seus bens e desse aos pobres (Jesus o testava porque o amor ao dinheiro era seu problema). Em segundo lugar, Deus não está interessado em ofertas feitas por obrigação. Em 2 Cor. 9:7, a palavra traduzida (ou mal traduzida) como “necessidade” é αναγκη (anagke) que na verdade quer dizer “obrigação“. Portanto, o versículo diz que “cada um deve dar conforme tiver proposto em seu coração, não por tristeza ou OBRIGAÇÃO, porque Deus ama quem dá com alegria“.
4) Alguns alegam que o dízimo transcende a Lei porque veio antes da Lei (com Abraão e Jacó). Se estamos falando do dízimo voluntário, concordo em gênero, número e grau, porque tanto Abraão quanto Jacó dizimaram voluntariamente. Mas afirmar que o dízimo é obrigatório mesmo com o fim da Antiga Aliança, porque o dízimo precede a Lei, coloca a Igreja gentílica em maus lençois. O descanso sabático também aparece antes da Lei, já na primeira semana da Criação, e no entanto poucos advogam a favor de sua obrigatoriedade, com excessão de algumas seitas sabatistas. Do mesmo modo, a circuncisão precede a Lei (Gen 17:10). Portanto, adotemos um peso e uma medida na interpretação da Antiga Aliança: ou todos os preceitos do Antigo Testamento (como o dízimo, a circuncisão e o descanso sabático) são obrigatórios, ou a obrigatoriedade destas coisas caducou com o fim da Antiga Aliança.
5) A Antiga Aliança estabelecia 3 tipos de dízimos (Lev. 27:30-33, Num. 18:21-31 e Deut. 14:22-27 – este último a cada 3 anos). Quem ler estas Escrituras com atenção, verá que Israel tinha que dizimar 23.3% de sua renda anualmente e não somente 10%. Portanto, se vamos praticar o dízimo de acordo com a Lei, devemos ser coerentes e cumprí-la em sua totalidade. Ou damos voluntariamente ou adotamos todo o pacote mosáico.
Antes de mais nada, devo esclarecer que não sou contra a prática de dizimar, mas me desfiz de todo tabú acerca deste tema. Não ensino sobre o dízimo como se faz na Igreja institucional pelas seguintes razões:
1) Não há nenhuma evidência bíblica que demonstre que a Igreja gentílica praticava o dízimo como um mandamento. O dízimo, como concebido na Antiga Aliança, servia para o sustento do Templo, dos sacerdotes e dos levitas. Com o fim desta Aliança, a obrigatoriedade do dízimo igualmente acabou. A Igreja gentílica neotestamentária não possuia sacerdotes, levitas ou templos. Justamente por isso, sempre que Paulo ensina sobre finanças na Igreja, fala em termos de doações voluntárias (2 Cor. 9). Portanto, o dízimo na Nova Aliança não pode ser visto como um imposto religioso.
2) Há indícios históricos de que o dízimo deixou de ser um pagamento obrigatório com o fim da Antiga Aliança na maioria absoluta das Igrejas. Irineu, Orígenes, Justino Martir, Tertuliano, Cipriano, João Crisóstomo e outros cristãos dos séculos II ao V – cujos registros compõe a história da Igreja – nos falam somente de contribuições voluntárias na comunhão dos santos. Somente no século VI, no Sínodo de Mâcon (582), é que o dízimo começou a ser ensinado como algo obrigatório (quando se adotou a infame Teologia do Paralelismo entre a Igreja e o sistema sacerdotal/levítico veterotestamentário) e um milênio mais tarde – no Concílio de Trento – ganhou força de lei cujo não cumprimento seria punido com a excomunhão.
3) Algumas igrejas do Oriente dizimavam por obrigação porque interpretavam que o diálogo entre Jesus e o jovem rico (Lucas 18:18-24) ensinava a “generosidade sacrifícial”. Em primeiro lugar, Jesus não pediu o dízimo ao jovem rico (o que suspostamente já praticava) e sim que vendesse a totalidade de seus bens e desse aos pobres (Jesus o testava porque o amor ao dinheiro era seu problema). Em segundo lugar, Deus não está interessado em ofertas feitas por obrigação. Em 2 Cor. 9:7, a palavra traduzida (ou mal traduzida) como “necessidade” é αναγκη (anagke) que na verdade quer dizer “obrigação“. Portanto, o versículo diz que “cada um deve dar conforme tiver proposto em seu coração, não por tristeza ou OBRIGAÇÃO, porque Deus ama quem dá com alegria“.
4) Alguns alegam que o dízimo transcende a Lei porque veio antes da Lei (com Abraão e Jacó). Se estamos falando do dízimo voluntário, concordo em gênero, número e grau, porque tanto Abraão quanto Jacó dizimaram voluntariamente. Mas afirmar que o dízimo é obrigatório mesmo com o fim da Antiga Aliança, porque o dízimo precede a Lei, coloca a Igreja gentílica em maus lençois. O descanso sabático também aparece antes da Lei, já na primeira semana da Criação, e no entanto poucos advogam a favor de sua obrigatoriedade, com excessão de algumas seitas sabatistas. Do mesmo modo, a circuncisão precede a Lei (Gen 17:10). Portanto, adotemos um peso e uma medida na interpretação da Antiga Aliança: ou todos os preceitos do Antigo Testamento (como o dízimo, a circuncisão e o descanso sabático) são obrigatórios, ou a obrigatoriedade destas coisas caducou com o fim da Antiga Aliança.
5) A Antiga Aliança estabelecia 3 tipos de dízimos (Lev. 27:30-33, Num. 18:21-31 e Deut. 14:22-27 – este último a cada 3 anos). Quem ler estas Escrituras com atenção, verá que Israel tinha que dizimar 23.3% de sua renda anualmente e não somente 10%. Portanto, se vamos praticar o dízimo de acordo com a Lei, devemos ser coerentes e cumprí-la em sua totalidade. Ou damos voluntariamente ou adotamos todo o pacote mosáico.
6) Importante ressaltar também que o dízimo da Antiga Aliança nunca era pago em dinheiro, mas com lã (Deut. 18:4) e com comida (repare nas palavras de Jesus aos fariseus em Mt. 23:23). O argumento de que isso se dava porque na época não havia moeda é falso, pois o dízimo de Deut. 14:22-27 envolvia venda e compra – portanto os israelitas já dispunham de alguma moeda. O dízimo da Lei equivalia às primícias da lã da tosquia das ovelhas e dos primeiros frutos da colheita, portanto, somente os donos de rebanhos e de terras eram obrigados a dizimar. O pobre dava voluntariamente, mas não era obrigado a dizimar. Pelo contrário, o pobre colhia as sobras da colheita dos donos de terras (Dt. 24:19-21) e se beneficiava dos dízimos dos mais prósperos (Dt 26:12-13). Jesus e seus apóstolos não dizimavam, pois não eram donos de terras ou de rebanhos (eles eram considerados pobres e inclusivem se benefeciavam da Lei das sobras da colheita – Mateus 12:1-2). Portanto, a maioria daqueles que usam Malaquias 3:9-10 para ensinar sobre o dízimo, chamando o pobre que não dizima de ladrão, não tem a menor idéia daquilo que está falando. Quem obriga o pobre a dizimar, de forma legalista, não pratica o dízimo nem da Antiga e nem da Nova Aliança.
A adição é a expressão "o dízimo da Antiga Aliança nunca era pago em dinheiro, mas com lã (Deut. 18:4) e com comida" e também "O dízimo da Lei equivalia às primícias da lã da tosquia das ovelhas e dos primeiros frutos da colheita, portanto, somente os donos de rebanhos e de terras eram obrigados a dizimar" e, por último "Jesus e seus apóstolos não dizimavam, pois não eram donos de terras ou de rebanhos."
A adição é a expressão "o dízimo da Antiga Aliança nunca era pago em dinheiro, mas com lã (Deut. 18:4) e com comida" e também "O dízimo da Lei equivalia às primícias da lã da tosquia das ovelhas e dos primeiros frutos da colheita, portanto, somente os donos de rebanhos e de terras eram obrigados a dizimar" e, por último "Jesus e seus apóstolos não dizimavam, pois não eram donos de terras ou de rebanhos."
Continua....
Por : Hugo...
Que lei se aplica hoje?
ResponderExcluirNão vivemos sob a lei de Moisés, hoje em dia. Jesus aboliu
essa lei por sua morte (Efésios 2:14-15). Estamos mortos para essa lei.
CRISTO É O FIM DA LEI
É verdade que Cristo é “o fim da lei para a justificação de todo aquele que crê” (Rm.10:4). Isso poucos discutem, pois a Escritura é nítida em afirmar que “não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça” (Rm.6:14), que “se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei”(Gl.5:18), porque Cristo “envelheceu a primeira aliança” (Hb.8:8), e “o que foi tornado velho está perto de se acabar” (Hb.8:8). Jesus Cristo, ao morrer na cruz, “aboliu em sua carne a lei dos mandamentos expressa na forma de ordenanças” (Ef.2:14,15), para que sejamos “ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do Espírito; porque a letra mata, mas o Espírito vivifica” (2Co.3:6).
Se dermos o dinheiro dízimos, teremos também que guardar o sábado, se circuncidar enquanto alguém for pego em um ato de blasfêmias e de adultério, deveremos que apedrejá-las
DIZIMO
Hebreus 7:18 Porque o precedente mandamento é ab-rogado por causa da sua fraqueza e inutilidade . Significados de Ab-rogar : anular; abolir;
Gálatas 3:10
Todos aqueles, pois, que são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las.
Gálatas 2 : 21
Não anulo a graça de Deus; pois, se a justiça vem pela Lei, Cristo morreu inutilmente! "
O PASTOR que não consegue seguir a OBRA DE DEUS em sua igreja, sem A PRATICA DO DÍZIMO. Só tem uma resposta. A IGREJA que ele pastoreia, não é PLANO DE DEUS, e nem da sua vontade, pois se fosse de fato uma CASA DE ORAÇÃO como diz a sua PALAVRA, esta é SUPRIDA de todas as NECESSIDADES pelas OFERTAS DE AMOR das OVELHAS DO SENHOR. Alguém DUVIDA disso? Hoje igrejas são abertas aos montões, a cada esquina abre-se uma, mais a FINALIDADE é a SALVAÇÃO, a finalidade é o LUCRO FÁCIL.Meu email. alonsocarrera@hotmail.com
ResponderExcluirO PASTOR que não consegue seguir a OBRA DE DEUS em sua igreja, sem A PRATICA DO DÍZIMO. Só tem uma resposta. A IGREJA que ele pastoreia, não é PLANO DE DEUS, e nem da sua vontade, pois se fosse de fato uma CASA DE ORAÇÃO como diz a sua PALAVRA, esta é SUPRIDA de todas as NECESSIDADES pelas OFERTAS DE AMOR das OVELHAS DO SENHOR. Alguém DUVIDA disso? Hoje igrejas são abertas aos montões, a cada esquina abre-se uma, mais a FINALIDADE é a SALVAÇÃO, a finalidade é o LUCRO FÁCIL.Meu email. alonsocarrera@hotmail.com
ResponderExcluirPorquê já ouvi de alguns PR que sem dízimo não há salvação,de onde saiu isso?
ResponderExcluirTalvez porque eles amam mais suas tradições do que a Bíblia.
Excluir