Uma das piores ofensas que podemos sofrer é quando o próprio Deus nos ofende de propósito.
Em 2 Reis 5, lemos a história de Naamã, um general sírio que procurou o profeta Eliseu para ser curado de lepra. Quando Naamã e sua comitiva chegaram à casa de Eliseu, o profeta nem saiu para recebê-los, mas enviou seu criado com as instruções. Naamã teria de executar um procedimento bem simples: lavar-se sete vezes no Rio Jordão.
Entretanto, Naamã ficou ofendido. Por que o próprio profeta não saiu para entregar o recado? Por que as águas lamacentas do Jordão? As Escrituras dizem que Naamã “muito se indignou”.
Um espírito ofendido é um espírito irado, indignado. Nesse caso, Naamã estava bem mais do que irado; estava furioso. Tem alguém que sempre lhe causa uma reação de indignação ou ira? É porque ele ou ela o ofendeu, e você ainda não lhe perdoou.
Naamã ficou ofendido com Eliseu, mas qual foi a verdadeira causa disso? Ouça as suas palavras: “Pensava eu que ele sairia a ter comigo, por-se-ia de pé, invocaria o nome do Senhor seu Deus, moveria a mão sobre o lugar da lepra, e restauraria o leproso” (2 Rs 5.11).
Preste atenção às palavras: “Pensava eu...” Na verdade, Naamã não se ofendeu por causa de Eliseu, mas em virtude de suas próprias expectativas frustradas. Ele, provavelmente, passou várias horas visualizando o momento da cura. Talvez, imaginou até o momento em que testificaria de sua maravilhosa experiência de cura. Quando não aconteceu de acordo com seu plano, ele se sentiu ofendido.
Amigo, antes de o Senhor curá-lo ou permitir que alcance um novo e mais elevado nível de serviço, ele muitas vezes o ofenderá. Por quê? O que é que se ofende dentro de nós? Geralmente, é o orgulho. Buscamos a Deus para receber cura, mas o Senhor não quer apenas nos curar; ele quer que sejamos humildes. Sim, Deus nos cura por meio de nossa fé, mas há ocasiões em que nosso orgulho nos impede de receber a cura, porque não queremos submeter-nos às suas instruções. O Senhor nos ofende para humilhar-nos, a fim de que possa conceder-nos a graça. A fé opera por meio da graça, mas Deus só concede a graça aos humildes.
Observe quantas vezes o Senhor ofendia as pessoas antes de curá-las. Uma vez, chegou a cuspir no chão, fez lodo e colocou-o nos olhos de um cego; depois, ainda ordenou que atravessasse a cidade daquele jeito! Imagine se você estivesse numa fila, esperando oração para ser curado, e visse o que o sujeito à sua frente tinha de fazer. Acho que qualquer um de nós procuraria algum outro ministério de cura divina, um que ofendesse menos!
Em outra ocasião, Jesus comparou uma mulher que não era do povo de Israel a um cachorrinho imundo. Chegou a colocar os dedos nos ouvidos de um homem para curar sua surdez. Antes de curar as pessoas, ele frequentemente as ofendia.
Se aprendêssemos a humilhar-nos na ofensa, descobriríamos que a aparente ofensa era, de fato, uma porta para conduzir-nos ao poder manifesto de Deus. Quando Jesus chamou a mulher cananeia de “cachorrinho”, ao invés de ofender-se, ela disse: “Senhor, porém os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos” (Mt.15.27). Quando Jesus ordenou ao cego que atravessasse a cidade com lodo nos olhos, o homem não discutiu nem pediu um procedimento menos humilhante; submeteu-se e voltou enxergando. Quando Eliseu mandou Naamã lavar-se no Jordão sete vezes, a ofensa feriu o orgulho do general. Contudo, quando se humilhou, a lepra foi substituída pela carne limpa de uma criança. Sua pele tornou-se como a de uma criança porque seu coração, por meio da humilhação, tornou-se como coração de criança.
Talvez, você ainda não tenha recebido sua cura ou intervenção divina porque não quis andar por um caminho que considera muito humilhante. Talvez, precise perder um pouco de sua “dignidade” (orgulho) e ir àquela reunião de gente humilde ou àquele servo ou serva de Deus que tem desprezado e pedir que orem por você. Deus quer curar você ou intervir em sua situação, mas também quer renovar e transformá-lo com sua graça.
Supere as Ofensas
Quando estudamos o que Jesus ensinou, está muito claro que ele veio para tornar-nos “incapazes de ser ofendidos”. Pense nestes ensinamentos: se alguém bater em uma de suas faces, ofereça-lhe a outra; ame os seus inimigos; abençoe os que o amaldiçoam. O que ele realmente quer fazer é mostrar-nos como um coração de amor, incapaz de ser ofendido, supera toda adversidade.
Oramos: “Senhor, quero mudar. Quero ser diferente”. Para responder nossa oração, às vezes é necessário colocar-nos em situações nas quais seremos profundamente ofendidos. A própria ofensa desperta nossa necessidade de graça. Dessa forma, o Senhor precipita a mudança ofendendo primeiro a área do coração que ele deseja transformar. Ele não espera que simplesmente consigamos passar pela adversidade e sobreviver; seu desejo é que sejamos transformados, tornando-nos mais semelhantes a Cristo por meio das provações. Veja José, no Velho Testamento: a “terra da ofensa” tornou-se a terra de sua unção e poder.
Ouça, meu amigo: é no cruzamento com a ofensa que seu destino em Deus poderá desabrochar ou fracassar. A forma como lidamos com a ofensa é a chave para o nosso amanhã.
"Grande paz têm os que amam a tua lei; para eles não há tropeço" (Sl 119.165).
Senhor, concede-me aquele coração da nova criação, para que eu possa andar como Jesus andou, atravessando um mundo cheio de ofensas sem tropeçar. Quero enxergar tudo como uma oportunidade de orar, de tornar-me mais parecido com Jesus. Ajuda-me a interpretar as ofensas como oportunidades que conduzem à transformação. Concede-me, Senhor Jesus, o pulso e o batimento do teu coração, um coração incapaz de ser ofendido. Amém.
Este texto foi traduzido da segunda metade do artigo “Unoffendable” (Incapaz de Ser Ofendido) de Francis Frangipane. Este artigo e muitos outros (em inglês e espanhol) podem ser encontrados no site: www.frangipane.org.
Em 2 Reis 5, lemos a história de Naamã, um general sírio que procurou o profeta Eliseu para ser curado de lepra. Quando Naamã e sua comitiva chegaram à casa de Eliseu, o profeta nem saiu para recebê-los, mas enviou seu criado com as instruções. Naamã teria de executar um procedimento bem simples: lavar-se sete vezes no Rio Jordão.
Entretanto, Naamã ficou ofendido. Por que o próprio profeta não saiu para entregar o recado? Por que as águas lamacentas do Jordão? As Escrituras dizem que Naamã “muito se indignou”.
Um espírito ofendido é um espírito irado, indignado. Nesse caso, Naamã estava bem mais do que irado; estava furioso. Tem alguém que sempre lhe causa uma reação de indignação ou ira? É porque ele ou ela o ofendeu, e você ainda não lhe perdoou.
Naamã ficou ofendido com Eliseu, mas qual foi a verdadeira causa disso? Ouça as suas palavras: “Pensava eu que ele sairia a ter comigo, por-se-ia de pé, invocaria o nome do Senhor seu Deus, moveria a mão sobre o lugar da lepra, e restauraria o leproso” (2 Rs 5.11).
Preste atenção às palavras: “Pensava eu...” Na verdade, Naamã não se ofendeu por causa de Eliseu, mas em virtude de suas próprias expectativas frustradas. Ele, provavelmente, passou várias horas visualizando o momento da cura. Talvez, imaginou até o momento em que testificaria de sua maravilhosa experiência de cura. Quando não aconteceu de acordo com seu plano, ele se sentiu ofendido.
Amigo, antes de o Senhor curá-lo ou permitir que alcance um novo e mais elevado nível de serviço, ele muitas vezes o ofenderá. Por quê? O que é que se ofende dentro de nós? Geralmente, é o orgulho. Buscamos a Deus para receber cura, mas o Senhor não quer apenas nos curar; ele quer que sejamos humildes. Sim, Deus nos cura por meio de nossa fé, mas há ocasiões em que nosso orgulho nos impede de receber a cura, porque não queremos submeter-nos às suas instruções. O Senhor nos ofende para humilhar-nos, a fim de que possa conceder-nos a graça. A fé opera por meio da graça, mas Deus só concede a graça aos humildes.
Observe quantas vezes o Senhor ofendia as pessoas antes de curá-las. Uma vez, chegou a cuspir no chão, fez lodo e colocou-o nos olhos de um cego; depois, ainda ordenou que atravessasse a cidade daquele jeito! Imagine se você estivesse numa fila, esperando oração para ser curado, e visse o que o sujeito à sua frente tinha de fazer. Acho que qualquer um de nós procuraria algum outro ministério de cura divina, um que ofendesse menos!
Em outra ocasião, Jesus comparou uma mulher que não era do povo de Israel a um cachorrinho imundo. Chegou a colocar os dedos nos ouvidos de um homem para curar sua surdez. Antes de curar as pessoas, ele frequentemente as ofendia.
Se aprendêssemos a humilhar-nos na ofensa, descobriríamos que a aparente ofensa era, de fato, uma porta para conduzir-nos ao poder manifesto de Deus. Quando Jesus chamou a mulher cananeia de “cachorrinho”, ao invés de ofender-se, ela disse: “Senhor, porém os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos” (Mt.15.27). Quando Jesus ordenou ao cego que atravessasse a cidade com lodo nos olhos, o homem não discutiu nem pediu um procedimento menos humilhante; submeteu-se e voltou enxergando. Quando Eliseu mandou Naamã lavar-se no Jordão sete vezes, a ofensa feriu o orgulho do general. Contudo, quando se humilhou, a lepra foi substituída pela carne limpa de uma criança. Sua pele tornou-se como a de uma criança porque seu coração, por meio da humilhação, tornou-se como coração de criança.
Talvez, você ainda não tenha recebido sua cura ou intervenção divina porque não quis andar por um caminho que considera muito humilhante. Talvez, precise perder um pouco de sua “dignidade” (orgulho) e ir àquela reunião de gente humilde ou àquele servo ou serva de Deus que tem desprezado e pedir que orem por você. Deus quer curar você ou intervir em sua situação, mas também quer renovar e transformá-lo com sua graça.
Supere as Ofensas
Quando estudamos o que Jesus ensinou, está muito claro que ele veio para tornar-nos “incapazes de ser ofendidos”. Pense nestes ensinamentos: se alguém bater em uma de suas faces, ofereça-lhe a outra; ame os seus inimigos; abençoe os que o amaldiçoam. O que ele realmente quer fazer é mostrar-nos como um coração de amor, incapaz de ser ofendido, supera toda adversidade.
Oramos: “Senhor, quero mudar. Quero ser diferente”. Para responder nossa oração, às vezes é necessário colocar-nos em situações nas quais seremos profundamente ofendidos. A própria ofensa desperta nossa necessidade de graça. Dessa forma, o Senhor precipita a mudança ofendendo primeiro a área do coração que ele deseja transformar. Ele não espera que simplesmente consigamos passar pela adversidade e sobreviver; seu desejo é que sejamos transformados, tornando-nos mais semelhantes a Cristo por meio das provações. Veja José, no Velho Testamento: a “terra da ofensa” tornou-se a terra de sua unção e poder.
Ouça, meu amigo: é no cruzamento com a ofensa que seu destino em Deus poderá desabrochar ou fracassar. A forma como lidamos com a ofensa é a chave para o nosso amanhã.
"Grande paz têm os que amam a tua lei; para eles não há tropeço" (Sl 119.165).
Senhor, concede-me aquele coração da nova criação, para que eu possa andar como Jesus andou, atravessando um mundo cheio de ofensas sem tropeçar. Quero enxergar tudo como uma oportunidade de orar, de tornar-me mais parecido com Jesus. Ajuda-me a interpretar as ofensas como oportunidades que conduzem à transformação. Concede-me, Senhor Jesus, o pulso e o batimento do teu coração, um coração incapaz de ser ofendido. Amém.
Este texto foi traduzido da segunda metade do artigo “Unoffendable” (Incapaz de Ser Ofendido) de Francis Frangipane. Este artigo e muitos outros (em inglês e espanhol) podem ser encontrados no site: www.frangipane.org.
Por: Francis Frangipane
Nenhum comentário:
Postar um comentário