sábado, 30 de janeiro de 2010

O Denominacionalismo no Sec. XXI



O artigo abaixo foi escrito pelo teólogo pentecostal e pastor da Assembleia de Deus, Geremias Couto, há aproximadamente 12 anos atrás. Foi originalmente publicado na revista Obreiro, da Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD) em junho de 1998. É, sem dúvida, uma fiel descrição do quadro que estamos vivenciando hoje na Igreja.
A questão denominacional é um tema que precisa ser colocado em debate, neste final de século, tendo em vista o aumento considerável de denominações resultante do crescimento dos evangélicos nas últimas décadas. Há quem prefira fechar os olhos ante a realidade, sem discuti-la, enquanto outros optam pelo radicalismo unilateral e excludente, que privilegia uma única denominação como a depositária da verdade. Todavia, não importa a posição de cada um, a entrada do próximo milênio terá como uma de suas principais características, no meio religioso, a multiplicação acentuada de novas igrejas de matizes diversos e efeitos profundos na vida denominacional.

Antes, porém, de refletir sobre como estas transformações influenciarão os rumos da igreja evangélica nos próximos anos, convém analisar as causas que têm tornado cada vez mais ampla essa babel, termo aqui usado apenas para designar a complexidade da linguagem empregada em cada segmento cristão, que, vezes sem conta, contradita o que outros segmentos pensam e afirmam.
Causas
A causa mais simples, do ponto de vista crítico, é o crescimento vertiginoso dos evangélicos, que, segundo a Veja de 8 de abril, numa projeção bastante aquém da realidade, alcançou o percentual de 300% nos últimos 30 anos contra 68% de crescimento populacional. A popularidade da fé através do uso dos meios de comunicação incorporou uma enorme massa de novos adeptos que não só expandiu as igrejas já existentes, como também ensejou o surgimento de novos ramos denominacionais.
Houve tempo em que ser evangélico atraía ferrenho preconceito e marginalizava o converso do meio social, para não mencionar as freqüentes e ferozes perseguições movidas pelo catolicismo contra os que professavam a “nova” doutrina. Hoje, o quadro mudou. Os milhares de conversões genuínas atenuaram esta visão deturpada e permitiram o livre exercício da fé.
Por outro lado, pertencer a uma igreja evangélica, para muitos, passou a ser sinônimo de status, além da sensação de fazer parte de uma comunidade que desfruta de “respeito” e conta, entre os seus membros, com pessoas oriundas de extratos sociais mais elevados. Tudo isso bastou para que indivíduos com certa capacidade de liderança encontrassem a porta aberta para iniciar novos projetos que resultaram nos mais diferentes modelos de culto.
Outra causa, esta de porte complexo, é a liberdade religiosa emanada do texto constitucional. Não há nenhuma lei que regule a abertura de novas igrejas. Basta dispor de endereço, estatuto aprovado em assembléia e formalizar o registro para que se exerçam as atividades religiosas. Sem deixar de reconhecer a sinceridade daqueles que iniciam novos movimentos movidos apenas pelo desejo de ver expandir-se o Reino de Deus, esta facilidade permite que as dissidências cada vez mais presentes nas igrejas instituídas encontrem caminho fácil para constituírem novas denominações. Hoje, o número delas, no Brasil, ultrapassa a 500. Num quadro assim não há como negar, também, a existência dos “picaretas”, que se utilizam da fachada evangélica com objetivos nada nobres.
Não preconizo nenhuma restrição legal. Entendo que o governo não deve, jamais, imiscuir-se nos assuntos de fé. Propor e aprovar normas em nome de uma possível regulamentação é tolher a liberdade religiosa, cláusula pétrea de qualquer regime democrático, e legislar numa área extremamente subjetiva, onde os representantes da lei não terão como definir o que é legítimo ou não. Além do mais, sempre haverá a possibilidade de a legislação vir a ser aplicada para favorecer determinados segmentos religiosos em detrimento de outros, dependendo de quem estiver no exercício do poder. Haja vista que mesmo hoje, em que o texto da carta magna consagra a separação completa entre a religião e o estado, a igreja romana continua desfrutando de privilégios não concedidos a outros grupos confessionais. Ora, com todas as fragilidades de um modus vivendi desregulamentado, ainda acredito que esta é a melhor forma para a propagação do Evangelho. Vale quem tiver o melhor poder de persuasão.
Portanto, a proliferação cada vez mais acentuada das denominações está aí – e veio para ficar – com todos os desdobramentos que isto implica para a difusão da fé bíblica. Não adianta esbravejar contra esta realidade nem deixar de admiti-la. Não muda em nada. O mais racional é reconhecê-la e descobrir de que modo interfere no dia-a-dia de cada um, para então lidar-se com ela sem nenhum conflito.
Efeitos
Constata-se, inicialmente, que nenhuma denominação pode arvorar-se como a única alternativa para o exercício legítimo da vida cristã. Mesmo naquelas onde certas práticas de suas lideranças se confundem com elementos litúrgicos assimilados do medievalismo católico, há crentes sinceros que foram alcançados e transformados pelo poder do Evangelho. Houve tempo em que as opções reduziam-se às igrejas históricas (a Assembléia de Deus, em certo sentido, já o é), de modo que o discurso radicalizado em defesa de uma igreja como a única de conteúdo neotestamentário ainda encontrava eco. Mas hoje não convence.
Quem analisa a questão sem condicionamentos há de convir que o cerne da mensagem proclamada em milhares de templos de diferentes denominações espalhados pelo mundo é o fundamento apostólico, cuja centralidade é a cruz, ainda que em muitos casos não se concorde com a forma. Adotar, portanto, uma teologia exclusivista é repetir o erro do dogma romano de que fora da igreja não há salvação. Ora, a idéia aqui implícita é a de que não se experimenta a redenção fora das fronteiras do catolicismo. Em outras palavras, esse raciocínio subverte os valores, pois, ao invés de instrumento que proclama a graça, a igreja como instituição confessional passa a ocupar a primazia e torna-se um fim em si mesmo, contrariando o ensino do Novo Testamento.
Não se encontra em qualquer parte dos evangelhos ou das epístolas um texto sequer que possa ser interpretado favoravelmente ao exclusivismo denominacional. O que torna uma igreja essencialmente neotestamentária não é o nome que ostenta, nem o modelo administrativo adotado, ou mesmo o vínculo que tenha com alguma estrutura eclesiástica, mas o grau de compromisso com os postulados da fé apostólica, que centraliza a vivência da fé na obra redentora de Cristo. Daí porque o melhor é substituir o discurso envelhecido da única alternativa pela visão de Agostinho que, mais do que nunca, continua plena de atualidade: “Nas coisas essenciais, unidade; nas não essenciais, diversidade; e em todas as coisas, amor”.
[...]
Se o advento de novos grupos denominacionais trouxe valiosas contribuições ao evangelismo, ensejou, por outro lado, a desenvoltura de movimentos voltados para a banalização da fé através do mercantilismo religioso. Ao invés de favor imerecido, a graça passou a ser algo que se adquire mediante dinheiro, onde quanto maior a quantia mais o contribuinte recebe. Sob este raciocínio, Deus transforma-se em devedor do ser humano e se obriga a abençoá-lo na proporção de suas ofertas.
[...]
[O] que alguns segmentos denominacionais fazem através dos meios de comunicação é banalizar a fé e restringi-la ao âmbito da comercialização em busca de resultados materiais. A proclamação limita-se ao uso de jargões que induzem os ouvintes a pensar na vida cristã como um mercado, onde quem paga mais leva o melhor produto. Além dos malefícios em si, tal prática desvia-se do eixo do Evangelho e abre espaço para que indivíduos desprovidos de escrúpulos organizem negócios transvestidos de igrejas com o objetivo de ganhar dinheiro em cima das necessidades do povo. O problema é que pela facilidade da generalização muitos englobam todas as denominações sob a mesma ótica. Alguns, por pura malícia. Outros, por falta de senso crítico.
Tendências
Diante do quadro que aí está, detectam-se diversas tendências que, certamente, influenciarão o curso do denominacionalismo nos próximos anos, interferindo de forma direta na ação de cada igreja na entrada do próximo milênio.
A existência cada vez maior de novos grupos diversificados torna bem visível a tendência de colocar-se a nomenclatura denominacional em plano secundário. O que as pessoas estão considerando, hoje, não é a designação em si, mas as propostas de fé que as igrejas proclamam. Por mais que mentes tradicionais se choquem, o peso do nome já não influencia tanto na hora de fazer-se a opção. O que empolga são os discursos contextualizados à necessidade de cada um. Para os extremamente sofridos, a mensagem utilitarista. Para os de mentes racionais, os argumentos construídos com lógica. Ou seja, ocorre no meio denominacional o mesmo fenômeno que está transformando os conceitos mercadológicos: os clientes pouco se preocupam com a marca, pois já não se identificam com ela. Eles são atraídos pela forma como o produto é apresentado, vindo em segundo plano a qualidade do conteúdo.
Outra razão por trás dessa tendência é que as denominações mais antigas não atualizaram seus métodos, úteis para aquela época, mas a maioria ineficiente para os dias de hoje. Eles precisam ser reciclados tendo em vista a realidade atual. Vale lembrar que a mensagem permanece inalterada, mas à medida que mudam os tempos torna-se indispensável a reformulação de estratégias sob pena de não serem atingidos os objetivos. Em razão disso, os incoversos não olham para a cor denominacional, mas acabam envolvidos por aquelas igrejas que de modo mais eficaz conseguem alcançá-los.
A necessidade de fazer frente a essa realidade, até certo ponto ambígua, produz outra tendência. A de igrejas que optam de forma unilateral pelo superficialismo das formas, como se estas tivessem maior valor do que o conteúdo. Na ânsia – legítima, por sinal – de aumentar o número de fiéis, resvalam para o extremo de pôr a ênfase nos meios empregados, com reuniões bem articuladas e métodos contemporâneos, onde a mensagem cristocêntrica acaba não sendo priorizada, deixando de receber o tratamento bíblico correto. O fruto são crentes imaturos, falta de firmeza na fé e a porta aberta para a aceitação de comportamentos sociais contrários à Palavra de Deus. A forma tem o seu lugar, mas não se pode, sob hipótese alguma, abrir mão da legitimidade do conteúdo.
Esta tendência gera diversos desdobramentos. O principal deles são denominações conformadas com o mundo, onde não se confronta o pecado mas busca-se explicá-lo à luz de filosofias humanistas, que admitem práticas como o aborto, homossexualismo e a liberação sexual com a maior naturalidade sob o argumento de que fazem parte da evolução do processo 
social. Com isso, aquelas que se mantêm comprometidas com os postulados bíblicos recebem o rótulo de ultrapassadas.
Vislumbram-se, portanto, duas realidades que identificarão cada vez mais as denominações daqui para frente. Os nomes terão pouca ou nenhuma importância em virtude da proliferação acentuada de novos grupos pelas razões descritas a pouco, acrescida da expansão dos chamados movimentos independentes, que não pensam em vincular-se a qualquer das estruturas existentes.
A primeira realidade constituir-se-á daquelas igrejas cujo perfil refletirá o padrão ético do Reino de Deus e o compromisso com a integridade da fé, não importa, repito, o nome que ostentem, nem a liturgia que adotem. A segunda terá como característica a falta de comprometimento com a Bíblia, a secularização de seus princípios, o conformismo com o sistema pecaminoso do mundo e o apego ao brilho fácil do materialismo. Sem querer simplificar, as duas realidades estão identificada na Bíblia pelas igrejas de Filadélfia e Laodicéia.
Estes perfis estarão de tal modo cada vez mais presentes na vida denominacional que as pessoas não perguntarão pela igreja em si, mas pela fé que professa. Até mesmo porque muitas congregações têm posturas que diferem de outras adotadas por igrejas da mesma denominação. O tipo de comportamento peculiar dessa época em ambos os grupos é assim descrito pelo apóstolo João: “Quem é injusto faça injustiça ainda; e quem está sujo suje-se ainda; e quem é justo faça justiça ainda; e quem é santo seja santificado ainda”, Ap 22.11.



Por Hugo

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Ressurreição Incessante



Os começos de Deus são diferentes. Eles continuam começando e começando. Por exemplo, Jesus disse, “Eu vim para que tenham vida” (João 10:10), mas isto não quer dizer que Ele veio e nos deu vida, e pronto, ficamos cheio desta vida pro resto de nossa existência.

Os começos de Deus são diferentes. Eles continuam começando e começando. Por exemplo, Jesus disse, “Eu vim para que tenham vida” (João 10:10), mas isto não quer dizer que Ele veio e nos deu vida, e pronto, ficamos cheio desta vida pro resto de nossa existência. É como aquele hino adorável e antigo que diz, “Momento após momento eu recebo vida do alto,” isto é a ressurreição incessante. Nós estamos sendo salvos dia após dia.
Eu estou falando sobre um novo começo, mas existem velhos começos, quando a mesma velha rotina começa e recomeça. Quando Paulo estava em Éfeso, sua pregação do evangelho aborreceu os comerciantes, que ganhavam seu sustento fazendo e vendendo deuses (Atos 19:24-28). Eles estavam sempre fazendo aqueles pequenos e idênticos deuses, “como em uma linha de produção”, como dizem os Teólogos, simbolizando sua monótona religião de ritos e práticas – como as muitas religiões de hoje. As pessoas ficam murmurando mantras de uma só palavra por horas, ou orações sem significado como “Oh, a jóia do botão de lótus.” Existe algo mais enfadonho do que isto?
Deus só tem novos começos. Todos os seus começos são novos, criativos e cintilantes. Ele é o Deus da nova vida, do novo vinho, das novas canções, de um novo compromisso, de um novo mandamento, de novos tesouros, do novo homem, de uma nova doutrina, de um novo e vivo caminho, de um novo reino e de uma nova verdade. Nós somos novas criaturas em Cristo Jesus. Jesus nos oferece muito mais que hinos e sermões. Não há clichês e nem monotonia em Jesus Cristo.Quando olhamos para o futuro, temos a promessa de um novo nome em uma nova cidade. As coisas velhas já passaram e tudo se fez novo. A Bíblia começa com um final – Deus terminou todo o Seu trabalho (Gen. 2:2) – mas termina com um começo, em Apocalipse, um novo céu e uma nova terra. Deus declara: “Veja que faço novas todas as coisas” (Ap. 21:5).
Jesus não fez uma religião, um caminho para Deus. Ele é “o caminho, a verdade e a vida” (João 14:6). Além do batismo e da Santa Ceia do Senhor, Ele não impôs observância, rituais, nada que normalmente constitui uma religião. Comparar a fé Cristã com quaisquer outras é uma comparação muito desigual, é como comparar um peixe com uma ave. Jesus simplesmente fez as coisas acontecerem no mundo e nos corações das pessoas, como em um rio de energia nova. Você não pode chamar um rio de “uma religião”. Cristo não comunica “experiência religiosa” no sentido popular, como pode ter sido sentido por turistas que se arrastam em admiração em torno de uma catedral cheia de relíquias aos mortos, ou como eles são movidos por um importante ritual. Se qualquer um pensa que a presença de Cristo tem o mesmo efeito que um vidro pintado e a indistinta luz “religiosa”, sua ignorância não traz felicidade
Jesus falou com a mulher que estava tirando água do poço em Samaria, e prometeu a ela “fontes de água jorrando para a vida eterna” (João 4:14). A água de poço é uma água parada. Peixes não podem viver em poços. A água viva, descendo como uma branca espuma sobre a rocha, está cheia de oxigênio. Hoje, a mim me parece que esta demasiada oferta de prazer é de segunda mão, desinteressante, engarrafada, enlatada ou armazenada como em velhos filmes ou canais de televisão cheios de repetição. Jesus não nos enfada com as mesmas coisas antigas, com rotineiras apresentações nas igrejas. Em tudo há criatividade – o Espiríto de Deus está se movendo, não está parado. Nós não vamos à igreja por causa de uma atmosfera religiosa, mas para que os ventos celestiais possam mexer conosco. Este tipo de culto “acaba com o barato” de algumas pessoas tradicionais - vento e ar fresco também, pois são muito saudáveis.Paulo diz, “Nem circuncisão ou incircuncisão significam alguma coisa, o que conta é uma nova criatura” (Gal.6:15). Deus faz coisas novas. Ele não dá retoques. Qualquer artista verdadeiro preferiria pintar um novo quadro do que consertar o trabalho de outra pessoa, removendo marcas e descoloração e tentando combinar cores. Deus não está interessado em fazer o melhor de um trabalho ruim. Ele começa tudo de novo. Ele não camufla as trincas em um vaso de cerâmica; Ele faz um novo na roda do oleiro.
Jesus não espera para ver se um homem ou uma mulher tem potencial. Ele não precisa esperar até ficarmos no “fundo do poço” para sua graça nos restaurar. Ele é o Criador – sempre. Somos criação de Deus, criados em Cristo para boas obras (Ef. 2:10). Aquele Espírito recriador comunica uma vida de constante renovação. Sua vida criativa está trabalhando a cada momento do dia.
Existe alguma coisa como um novo começo? Sim, realmente existe. Mas é algo que não tem fim.




segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Kathryn Kuhlman


A mulher que cria em Milagres:


Kathryn Khulman: Kathryn nasceu no dia 9 de maio de 1907, Kathryn era uma mulher amada e respeitada pela sociedade.Kathryn Khulman tinha uma tremenda unção.. fazia em que em um pequenino silêncio acontecesse um grande milagre. Filha de Joseph Khulman e Emma Walkenhorst, era Kathryn, uma pessoa cheia do amor e do poder do espírito Santo. Quando Kathryn recebeu Jesus no coração dela:" Eu estava sentada ao lado de minha mãe, e os ponteiros do relógio marcavam cinco minutos para o meio dia. Não me lembro do nome do pastor e nem uma palavra se quer dos eu sermão; entretanto alguma coisa aconteceu comigo ali. E isso é tão real para mim hoje, como o foi naquele dia-e aquilo foi a coisa mais real que já aconteceu em toda a minha vida.""Naquele momento q eu estava ali, meu corpo começou a tremer de tal maneira que eu já não consegui mais segurar o hinário e, por isso, o coloquei no banco... e chorei. Eu estava sentindo o peso dos meus pecados e compreendi que era uma pecadora. Sentia-me como se fosse a menor e mais insignificante criatura em todo o mundo, embora fosse apenas uma garota de quatorze anos de idade! (Kathryn Khulman)O Pai de Kathryn estava na cozinha naquele dia, quando ela voltou da igreja e entrou em casa, correndo para lhe contar a sua boa nova. Ela tinha um costume de contar para o pai tudo o que lhe acontecia.Segundo o seu próprio relato, Kathryn correu para ele, e disse: "Papai... Jesus entrou em meu coração"!Eu creio que naquele dia foi a grande e tremenda experiência de Kathryn Khulman que levou ela a conhecer melhor, as coisas e a obra de Jesus Cristo.No início da vida cristã de Kathryn ela freqüentava junto com sua mãe a igreja MetodistaE foi ali em 1921 que ela nasceu de novo. porém de toda a sua família ter ido em 1922 para a igreja Batista.Kathryn começou a se entregar espiritualmente e moralmente as coisas de Deus.Em 1913 a irmã mais velha de Kathryn: "Myrtle Khulman, casou-se com um evangelista chamado: Everett Parrott. Assim Myrtle e seu esposo começaram um ministério com tendas.Aproximadamente dez anos mais tarde, em 1924, Kathryn e Myrtle convenceram seus pais que era da vontade de Deus que Kathryn fosse viajar com o casal.Nessa época os Parrott, cuja a sede de seu ministério era no Oregon, foram apresentados ao Dr. Charles S. Price, que tinha um ministério de cura divina e foi ele que lhes ensinou sobre o batismo no Espírito Santo.Imagino que foi naquela época que Kathryn começou a ver as coisas maravilhosas e poderosas que Deus fazia no meio do Ministério do Dr. Charles, e foi ali, que Kathryn se decidiu a ter poder, e unção, decidiu a se entregar verdadeiramente... apesar de já ter sido transformada.. mas agora modificada com o poder do Espírito Santo na sua vida.Kathryn não só crescia em estatura, Kathryn, crescia em estatura, sabedoria e graça.E foi a Graça e a sabedoria de Deus sobre ela, é o que fez ela ser o que foi.Kathryn passou cinco anos com sua irmão e seu cunhado.O marido da irmão de Kathryn tinha problemas conjugais, e ao passar de tempo esses problemas conjugais aumentavam ainda mais.Por essa razão Everrett foi para Dakota do Sul e Myrtle e Kathryn permaneceram ali.Contudo, depois de duas semanas, perceberam que as ofertas recolhidas não eram o suficiente para pagar o aluguel do salão. Elas estavam vivendo praticamente de pão e atum. "Pois a única solução e de irmos ao encontro de Everett" pensou Myrtle.Kathryn não tinha nenhum esperança de continuar viajando com os Parrott; então, assim como Paulo e Barnabé, na igreja do novo Testamento, elas: "Kathryn e Ellen (pianista da igreja dos Parrot que fazia parte do ministério e era amiga de Kathryn), decidiram dividir a equipe. Um pastor de Boise lhes ofereceu a oportunidade de pregar em um pequeno salão de jogos, o qual havia transformado em uma missão- e foi ali que começou o Ministério Kathryn Kuhlman.Certa vez Kathryn disse o seguinte: "Depois daquela primeira mensagem que preguei em Idaho- sobre Zaqueu em cima da árvore- ( e eu também, como ele, me achava meio enrolada em dificuldades), de uma coisa tive certeza: encontrava-me tolamente comprometida com o Reino de Deus. Sentia Jesus muito real em minha vida e o meu coração, estava firme no Senhor"O ministério de Kathryn Khulman cresceu em grande unção e poder... pois Kathryn buscava, em tudo e em si mesma...a unção do Espírito Santo.Kathryn como qualquer outro ministro de cura.... ou missionário... passou por dificuldades também.Algumas vezes por não poder pagar o aluguel dos lugares onde Kathryn pregava... tinha que ser expulsa do estádios ou ginásio...Recapitulando aqui uma coisa... a culpa não era de Kathryn... mas sim porque ela não tinha o dinheiro suficiente para pagar... porque seu ministério as vezes não recebia o esperado.Kathryn Ulmanete.. como podemos ver... era mulher muito compromissada com as coisas do Senhor Jesus.Uma vez... estava ela lá em cima do seu palco... e as´pessoas dizem que ela foi apontar pra uma senhora... para perguntá-la se podia orar por ela... e no movimento da sua mão... as pessoas caíram no poder...Outra vez Kathryn estava lá em cima do palco... dando um dos seus sermões.Quando veio um menino de 5 anos indo em direção de Kathryn..Mas primeiro vou contar a história desse menino...Esse menino nasceu com problemas físicos... e por isso nu ah poderia andar ou se mover, sem a ajuda da sua mãe.Mas como o culto naquela noite estava cheio de unção e poder... que aquele menino... foi curado sem que algum orasse por ele pessoalmente.Mas como sabemos... em um determinado lugar... quando o poder de Deus é tão grande... uma pessoa pode sentir a unção... ser curada fisicamente ou emocionalmente... sem que alguem o colocasse a mão.Pois foi exatamente o que aconteceu com aquele pequenino.É claro que como qualquer evangelista... ou ministro de cura como Kathryn.. quando ver pessoas saindo de suas reuniões ainda em cadeiras de rodas... voltando para suas casas de moleta.é claro que Kathryn ficava triste. As vezes viam pessoas de lugares tão distantes, e até menso de outro estado, e não eram curadas.Uma vez foi a ajuda de Kathryn a ajudar a ministrar um grande ministro e evangelista do Senhor Jesus Cristo Burroughs A. Waltrip, que aparentava ser um rapaz muito bonito.pela beleza de Burroughs Kathryn se apaixonou, e Burroughs se apaixonou por Kathryn.Parece uma história tão linda não é?Mas pra Falar a verdade era uma siladda do inimigo para a vida deles, pois " Mister' como Kathryn o chamava.Era casado e tinha 2 filhos.E pela paixão por Kathryn ele largou sua mulher e seus dois filhos.Mister disse para todos de sua igreja... e para Kathryn que sua mulher havia o deixado.Kathryn acreditando nele, se casaram.As amigas de Kathryn disseram para ela não se casar... mas Kathryn não deu ouvidos e se casou.Mas na mesma noite ela percebeu que era um erro ter casado com Mister.Pois de tanta tristeza Kathryn largou seu ministério e ficou vários anos sentada atrás de um púlpito, enquanto Mister pregava.Depois, se eu não em engano Mister deixou Kathryn.Kathryn voltou com seu ministério de curas e milagres... lembrando que Kathryn também era humana e pecadora, e ela pecava como todos nós, não podemos julgá-la por isso, pois nós fazemos coisas piores, e que abalam o coração de Deus também.pois Kathryn foi poderosamente usada por Deus nesses tempo.Kathryn morreu com 72 anos... ainda coim o seu ministério... Kathryn morreu com um problema no coração.Lembrando que Kathryn foi uma grande mulher que trouxe daquela geração até hoje a Esperança do Espírito Santo.Esses videos podem estar em ingles, mas vocês verão a unção que Deus deu a Kathryn


O ministério de Kathryn em uma "pequena" sala comparada a multidão qeu iria ouvi-lá falando jogando poder.




sábado, 16 de janeiro de 2010

Por Que Deus Não Envia o Avivamento?


Muitas pessoas me perguntam por que é tão difícil ver avivamentos no mundo ocidental numa época em que há explosões da atividade do Espírito Santo em diversas outras regiões do mundo. De fato, Deus está agindo hoje, em vários lugares, de maneira marcante, bem mais do que poucos anos atrás. Por que é tão diferente nos Estados Unidos e na Europa?

Um pecado pessoal com consequências coletivas

Para explicar minha resposta a essa pergunta, preciso mostrar alguns princípios de Deus numa história do Antigo Testamento, no livro de Josué. É sobre a batalha contra a cidade de Ai (Js 7). Israel estava muito confiante porque seus exércitos estavam acostumados a vencer as batalhas sem precisar tirar a espada da bainha. A fama das outras vitórias e das ações sobrenaturais de Deus ia à frente deles e fazia com que os inimigos se rendessem sem precisar travar uma batalha.

Porém, no caso da batalha contra Ai (que, por sinal, era uma cidade pequena e insignificante), os israelitas levaram uma surra. A Bíblia diz que o coração do povo “se derreteu e se tornou como água” (Js 7.5). O exército voltou derrotado para o arraial.

Algo de muito errado acontecera. Os anciãos de Israel sabiam disso; só não sabiam o que era. Por isso, ao invés de avançarem para a batalha, pararam tudo, lançaram-se ao chão, com o rosto em terra, jogaram pó sobre a cabeça e clamaram a Deus pedindo entendimento e revelação.

A resposta não demorou. “Israel pecou”, o Senhor lhes disse.

Você conhece a história. É a história de Acã, um homem que tomou do despojo que fora dedicado a Deus e misturou-o com as próprias possessões, enterrando-o em sua tenda.

Observe que Deus não disse a Josué e aos anciãos: “Acã pecou! Vão tratar com ele!” Ele disse: “Israel pecou!” Isso mostra que pecados pessoais têm consequências coletivas. Nessa jornada que trilhamos, preparando nossa vida e comunidade para um avivamento de transformação, o processo, embora definitivamente pessoal, jamais pode ser considerado privativo.

Não podemos reter as coisas interiormente, achando que são problemas só nossos: “Ninguém precisa ficar sabendo, meu problema não está atrapalhando ninguém”. Essa é uma ideia totalmente falsa. A história de Acã o comprova de maneira dramática.

Tomando coisas dedicadas

Agora, nesse caso, o que Israel podia fazer? Josué e os líderes lançaram um processo que, se fosse hoje, seria considerado inacreditavelmente invasivo. Realizaram uma busca, família por família, para descobrir o que Deus estava vendo, o que o estava entristecendo e impedindo que sua presença cobrisse toda a nação.

Fico pensando nas igrejas atuais, plantadas em bairros das cidades, lugares de total desordem, cheios de pessoas sem-teto espiritualmente falando, com toda sorte de disfunção social e familiar. Acabo de ler um relatório sobre uma comunidade em determinado lugar, cheia de problemas, um dos piores lugares do país inteiro. Contudo, existem cem igrejas nesse mesmo lugar! O que isso nos diz? Mostra claramente que as igrejas ali estão sendo derrotadas assim como aconteceu com o povo de Israel em Ai.

É hora de interromper a rotina do dia a dia. É hora de os líderes caírem com o rosto em terra, jogarem pó sobre a cabeça e pedirem a Deus para revelar onde está o problema! E não devem voltar à rotina enquanto não receberem uma resposta! Faz sentido continuar como se tudo estivesse normal quando há esse tipo de aberração como manchete do dia?

O que aconteceu, no final desse episódio, foi que Acã e sua família morreram. Temos outros casos, como o de Cades-Barnéia, em que os dez espias que incitaram o povo à incredulidade morreram, e o de Atos 5, envolvendo Ananias e Safira, que também morreram por tomar coisas consagradas, misturando-as com bens pessoais. Na verdade, toda vez nas Escrituras que alguém tomou aquilo que era consagrado a Deus e usou-o como possessão pessoal, houve morte.

A propósito, o que significa consagrado? A palavra consagrado nas Escrituras significa simplesmente santo. Refere-se a algo que foi separado, dedicado a Deus. Os escritórios e empresas, hoje, costumam ter várias linhas telefônicas para uso comum, dentre as quais uma ou duas apenas são consideradas “dedicadas”. São linhas exclusivas para transmissão de dados, ligações 0-800 ou algo semelhante. Não são para o uso comum. O contrário de santo não é ímpio ou pecaminoso, mas comum.

Vemos isso no jardim do Éden quando Deus disse para Adão e Eva: “Há muitas árvores nesse jardim que são comuns, das quais podem comer livremente. Mas existe uma árvore aqui que é dedicada. Ela foi separada. É santa. Não é comum. Se vocês comerem dessa árvore, se pegarem do fruto dela e o misturarem com o fruto das outras árvores, vocês MORRERÃO”.

Infelizmente, descobriram que Deus estava falando sério!

Chave desligada

Agora, a pergunta é esta: já que esse tipo de mistura, em que os homens se apropriam daquilo que pertence somente a Deus, acontece em massa nas igrejas de hoje, por que não vemos cristãos morrendo por todos os lados também? E não venha me falar que é coisa do Velho Testamento, porque a história de Ananias e Safira aconteceu no Novo!

O fator que precisamos ver é o seguinte: pegar algo que foi consagrado – e que, portanto, é santo – e misturá-lo com as próprias possessões causa morte quando acontece num ambiente de verdadeiro poder. Portanto, se fazemos isso comumente hoje e não morremos, só podemos concluir que não vivemos num ambiente de verdadeiro poder.

Com isso, temos uma notícia boa e outra má. A boa notícia é que continuamos vivos. A má notícia é que, sem ambiente de poder, nossa sociedade nunca será transformada. Então, por estarmos nessa condição de despreparo, quando oramos a Deus por avivamento, na realidade estamos pedindo algo que nos mataria! “DEUS, DESCE COM TEU PODER! QUEREMOS RECEBER TUA SANTA PRESENÇA! DESCE SOBRE NÓS COM TEU FOGO!” Até cantamos músicas com estas palavras: “Manda fogo, Senhor!”

Ainda bem que Deus, em sua graça e misericórdia para conosco, não concede o que pedimos porque sabe que, se o fizesse, morreríamos.

É como um pai que vê seu filhinho tentando enfiar um objeto metálico na tomada de energia elétrica. Diante disso, ele tem duas opções: ou toma o objeto das mãos do filho ou desliga o disjuntor para cortar a energia. É exatamente isso o que Deus está fazendo. Já que você e eu estamos distraídos e muito indisciplinados, já que não estamos nem desesperados nem com expectativa, Deus precisa deixar a chave de seu verdadeiro poder desligada a fim de que tenhamos chance de viver pelo menos mais um dia – e, assim, obter mais uma oportunidade de sermos transformados.

Da boca para fora, estamos sempre nos comprometendo com Deus! “Deus, eu prometo! Consagro minha vida a ti. Vou me preparar para o avivamento.” Dias, talvez horas depois, já pegamos de volta o compromisso, aquilo que consagramos, que já é santo e pertence a Deus. Entregamo-nos a Deus e voltamos atrás, vez após vez, como se nosso compromisso fosse um ioiô.

Depois, ainda temos a coragem de perguntar por que Deus não vem, por que não aparece. Será que pensamos que ele não toma conhecimento de nossa prática e de nosso comportamento?

“The Sentinel Group” foi fundado em 1990 pelo pesquisador de missões George Otis, Jr. Durante suas viagens, Otis observou que certas regiões do mundo manifestavam opressão espiritual muito mais forte do que em outros lugares. Procurando entender por que isso acontece, ele passou vários anos na década de 1990 pesquisando e entrevistando pessoas em aproximadamente 50 países.

Durante o mesmo período, notícias começaram a chegar de impressionantes avanços espirituais em alguns dos lugares mais improváveis do mundo – incluindo cidades ou territórios dentro da Janela 10/40. O mais interessante para os pesquisadores era que, em muitos casos, o avivamento espiritual resultava em melhorias quase imediatas no cenário político e social da comunidade.

A partir de 1995, o ministério começou a investigar esses relatórios com mais seriedade. Exemplos de comunidades transformadas foram documentados em quatro continentes. Em junho de 1999, o primeiro vídeo Transformações foi produzido.

Veja uma relação de todos os DVDs disponíveis hoje na terceira capa.

Endereço e site do ministério em inglês:

The Sentinel Group
P.O. Box 6334
Lynnwood, WA 98036
www.sentinelgroup.org

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Pequenas Igrejas, Grandes Negócios




Bastam R$ 418 para criar igreja e se livrar de imposto. Após fundar igreja, reportagem do jornal Folha de São Paulo abre conta bancária e faz aplicação isenta de IR. Além de vantagens fiscais, ministros religiosos têm direito a prisão especial e estão dispensados de prestar serviço militar.


Bastaram dois dias úteis e R$ 218,42 em despesas de cartório para a reportagem da Folha criar uma igreja. Com mais três dias e R$ 200, a Igreja Heliocêntrica do Sagrado EvangÉlio já tinha CNPJ, o que permitiu aos seus três fundadores abrir uma conta bancária e realizar aplicações financeiras livres de IR (Imposto de Renda) e de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Seria um crime perfeito, se a prática não estivesse totalmente dentro da lei. Não existem requisitos teológicos ou doutrinários para a constituição de uma igreja. Tampouco se exige um número mínimo de fiéis.
Basta o registro de sua assembleia de fundação e estatuto social num cartório. Melhor ainda, o Estado está legalmente impedido de negar-lhes fé. Como reza o parágrafo 1º do artigo 44 do Código Civil: “São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento”.
A autonomia de cada instituição religiosa é quase total. Desde que seus estatutos não afrontem nenhuma lei do país e sigam uma estrutura jurídica assemelhada à das associações civis, os templos podem tudo.
A Igreja Heliocêntrica do Sagrado EvangÉlio, por exemplo, pode sem muito exagero ser descrita como uma monarquia absolutista e hereditária. Nesse quesito, ela segue os passos da Igreja da Inglaterra (anglicana), que tem como “supremo governador” o monarca britânico.
Livrar-se de tributos é a principal vantagem material da abertura de uma igreja. Nos termos do artigo 150, VI, b da Constituição, templos de qualquer culto são imunes a impostos que incidam sobre o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com suas finalidades essenciais.
Isso significa que, além de IR e IOF, igrejas estão dispensadas de IPTU (imóveis urbanos), ITR (imóveis rurais), IPVA (veículos), ISS (serviços), para citar só alguns dos vários “Is” que assombram a vida dos contribuintes brasileiros. A única condição é que todos os bens estejam em nome do templo e que se relacionem a suas finalidades essenciais -as quais são definidas pela própria igreja.
O caso do ICMS é um pouco mais polêmico. A doutrina e a jurisprudência não são uniformes. Em alguns Estados, como São Paulo, o imposto é cobrado, mas em outros, como o Rio de Janeiro e Paraná, por força de legislação estadual, igrejas não recolhem o ICMS nem sobre as contas de água, luz, gás e telefone que pagam.
Certos autores entendem que associações religiosas, por analogia com o disposto para outras associações civis, estão legalmente proibidas de distribuir patrimônio ou renda a seus controladores. Mas nada impede – aliás é quase uma praxe – que seus diretores sejam também sacerdotes, hipótese em que podem perfeitamente receber proventos.
A questão fiscal não é o único benefício da empreitada. Cada culto determina livremente quem são seus ministros religiosos e, uma vez escolhidos, eles gozam de privilégios como a isenção do serviço militar obrigatório (CF, art. 143) e o direito a prisão especial (Código de Processo Penal, art. 295).
Na dúvida, os filhos varões dos sócios-fundadores da Igreja Heliocêntrica foram sagrados minissacerdotes. Neste caso, o modelo inspirador foi o budismo tibetano, cujos Dalai Lamas (a reencarnação do lama anterior) são escolhidos ainda na infância.
Voltando ao Brasil, há até o caso de cultos religiosos que obtiveram licença especial do poder público para consumir ritualisticamente drogas alucinógenas.
Desde os anos 80, integrantes de igrejas como Santo Daime, União do Vegetal, A Barquinha estão autorizados pelo Ministério da Justiça a cultivar, transportar e ingerir os vegetais utilizados na preparação do chá ayahuasca – proibido para quem não é membro de uma dessas igrejas.
Se a Lei Geral das Religiões, já aprovada pela Câmara e aguardando votação no Senado, se materializar, mais vantagens serão incorporadas. Templos de qualquer culto poderão, por exemplo, reivindicar apoio do Estado na preservação de seus bens, que gozarão de proteção especial contra desapropriação e penhora.
O diploma também reforça disposições relativas ao ensino religioso. Em princípio, a Igreja Heliocêntrica poderá exigir igualdade de representação, ou seja, que o Estado contrate professores de heliocentrismo.
Fonte: Folha de S. Paulo, edição de 29 de dezembro de 2009.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Quem é a Pedra?



A espinha dorsal do dogma do papado é Mat. 16:17-19:


"Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do hades não prevalecerão contra ela; dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares, pois, na terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos céus."


Supõe-se, portanto, que Pedro é a pedra sobre a qual está edificada a Igreja e que Pedro recebeu as chaves do Reino. Curiosamente, o católico Agostinho de Hipona, em sua obra Retratação, nos oferece a seguinte interpretação do texto:


Nesta pedra, então, disse Ele, a qual tu confessaste, construirei minha Igreja. Esta Pedra é Cristo, e nesta fundação o próprio Pedro construiu (The Fathers of the Church, Catholic University, 1968 e Saint Augustine, The Retractations, Capítulo 20.1).


Em harmonia com a interpretação de Agostinho, vemos que Jesus se refere a ele mesmo com sendo a Rocha sobre a qual está fundamentada a Igreja em outras partes do Evangelho (Mateus 21:42-44, Marcos 12:10, Lc 20:17-18 ).
Efésios 2.20 afirma que a Igreja está constituída sob a fundação dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a Pedra Angular. Apóstolos e profetas bíblicos, pela revelação que portam do Filho de Deus, provêem a plataforma sobre a qual operam os demais dons e ministérios da Igreja. Portanto, todos os apóstolos fazem parte da fundação da Igreja, e não somente Pedro. Não vemos no Novo Testamento nenhuma referência dos outros apóstolos a Pedro como a Rocha primaz. Somente Cristo, a Pedra Angular, a Rocha, é o único que tem primazia sobre sua Igreja e todas as coisas (Atos 4:11, 1 Pedro 2:4-7).
Quanto as chaves do Reino, as Escrituras demonstram que não eram de exclusividade de Pedro. Mateus 18:18 nos diz que a autoridade para ligar e desligar foi dada também aos demais discípulos de Cristo. As chaves do Reino são a revelação que Pedro teve de Cristo como Filho de Deus. Dessa revelação emana a autoridade para abrir as portas do céu, por meio da pregação apostólica. Esta autoridade não repousa somente sobre um homem, e sim sobre todos aqueles que portam a mesma revelação que teve Pedro.


Continua...


quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Deus que faz novas todas as coisas‏




"Vejam, estou fazendo uma coisa nova! Ela já está surgindo! Vocês não a reconhecem? Até no deserto vou abrir um caminho e riachos no ermo."Isaías 43.19


Deus nos concede mais um ano para seguirmos em seu caminho e realizarmos sua vontade. Quando um ano começa, nossa esperança é renovada e parece que recebemos uma motivação nova para trabalhar para o Reino e fazer tantas outras coisas. Gostaria que permanecêssemos assim até o fim do ano: dispostos, motivados, felizes. E com Deus é possível, pois podemos confiar a ele nosso futuro e nossa vida durante todo o ano de 2010. Quero desafiá-lo a renovar também seu compromisso de oração com os cristãos perseguidos. Vimos tantas notícias, boas e ruins, no ano de 2009, e esperamos pelo agir de Deus nesse novo ano também. Ele é o Deus que faz novas todas as coisas. Vamos confiar!

Deborah Stafussi

Editora da Missão portas abertas!